divulgação (Foto: Reprodução)
Mais um caso isolado? Muquiranas tentam invadir bar LGBTQIA+ durante
Carnaval; veja vídeo
Caso aconteceu nó último sábado (18) durante passagem do bloco pela
Carlos Gomes
Denúncias de intimidação a
mulheres, relatos de atitudes homofóbicas, depredação
de patrimônio público. A essas ações realizadas por foliões do bloco
As Muquiranas, se soma a tentativa de invasão a um bar LGBTQIA+ na Carlos Gomes
durante o primeiro dia de desfile do grupo, no sábado de Carnaval (24).
O empresário Valécio Santos, dono do Cármen Lounge Bar, relatou
ao Metro1 que,
durante a passagem do bloco no percurso Campo Grande/Avenida, parte dos foliões
tentou entrar no estabelecimento aos gritos de “Uh, é Muquiranas”, enquanto
pulavam e sacudiam a porta. “Foi assustador. Só pensava ‘meu deus, se esses
homens entram aqui'… Tinha uma transformista toda montada no bar. Fiquei com
medo de tentarem fazer algo com ela”, afirmou Valécio.
No momento da tentativa de invasão, o bar, que se preparava para
realizar uma festa à fantasia, já estava recebendo alguns clientes. “Todo mundo
ficou amedrontado na hora. Minha atitude foi só a de passar empurrando eles,
que ficavam gritando para abrir a porta a qualquer custo”, disse o empresário.
Na terça-feira (21), o Cármen Lounge Bar não abriu durante a
passagem do bloco. O dono teve receio de que tentassem, mais uma vez, entrar no
lugar. Mesmo tendo esperado o final do desfile no nível superior do espaço,
Valécio alegou que, ainda assim, o bar foi alvo dos foliões. “A parte de cima
do prédio, que é aberta, ficou completamente alagada. Eles viram a nossa
presença, viram uma pessoa que estava montada ao meu lado e começaram a molhar
[com pistola de água]. Eles jogavam no nosso olho, no rosto. Além de todo o
machismo, tinha maldade, agressividade.”
Em
nota à imprensa sobre as denúncias, o bloco As Muquiranas declarou que “é
contra qualquer tipo de violência, preconceito e assédio e lamenta qualquer
atitude que evidencie essas práticas”. A organização se colocou à disposição
para entregar os dados que possuem de foliões ao poder público para
identificação e tomada de providências cabíveis. No entanto, alega não poder
controlar o comportamento de pessoas que cometem assédio ou quaisquer outros
crimes e pede para que os casos sejam julgados individualmente, sem relação com
o bloco.