divulgação (Foto: Arquivo Bnews)
Caso
Pousada Paraíso: Expedidos mandados de prisão preventiva para Shirley Silva e
Maqueila Bastos
Advogado de Shirley
refuta versão da Polícia Militar
A
Justiça decretou na última segunda-feira (14) as prisões preventivas de Shirley
da Silva Figueiredo, e da amiga dela, Maqueila Bastos. Shirley era esposa do
empresário Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no
baixo sul da Bahia. Ele foi achado morto dentro de um dos quartos da pousada.
As duas são consideradas foragidas.
Em
entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Record/Itapuã, na tarde desta
terça-feira(15), o delegado
Rafael Magalhães explicou que após a morte de Leandro Troesch,
Shirley saiu de casa e desde então não foi mais vista. Como ela era considerada
testemunha importante na morte do empresário e cumpria a prisão domiciliar, não
poderia ter deixado a cidade. Ele afirma que a viúva de Leandro não poderia se
ausentar do domicílio, não deveria ter contato com drogas, armas e consumir
bebidas alcoólicas, além de se recolher às 20h; "eu fui lá e constatei
tudo isso, que ela não estava no local".
O
delegado se mostrou indignado com as insinuações do avogado de defesa de
Shirley:
"Se
advogado está colocando as coisas dele, eu não posso fazer nada,né? Ele está no
direito dele, ele recebe, ele ganha o dinheiro dele para defender o cliente
dele mas, tudo que eu disse foi verdadeiro, não estou aqui trabalhando para fazer
sensacionalismo a ninguém, o meu trabalho aqui é técnico, eu recebo salário do
govenro estadual para desempenhar a minha função. Quanto ao advogado falar as
coisas é um problema particular dele, não me interessa o que qualquer advogado
fale, tanto de uma parte quanto de outra."
Já
o advogado de Shirley, Kléber Nunes, contradisse a versão da PM e, em especial,
questionou o a demanda da polícia e do delegado do caso, que estariam, segundo
ele, muito interessados no caso.
O
advogado diz que ficará comprovado que sua cliente é inocente, que o empresário Leandro Silva
Troesch realmente se suicidou.
O caso
das mortes do dono da pousada Paraíso Perdido, Leandro Silva Troesch, e Marcell
ganhou novos desdobramentos, após o delegado
responsável pelo caso, Rafael Magalhães, apontar Maqueila Santos – ex-detenta
por estelionato – como uma das suspeitas do crime. Em razão das
declarações do delegado, o advogado de defesa de Maqueila, Paulo Pires, rebateu
as acusações e informou que Maqueila está disponível para prestar
depoimento.
Últimos
acontecimentos
O delegado responsável
pelo caso, Rafael Magalhães, informou que recebeu na quarta-feira (9) a ligação
de um homem que se identificou como advogado de Maqueila Bastos, amiga de
Shirley da Silva Figueiredo, viúva de Leandro.
Segundo o delegado, o
advogado informou que Maqueila pretende conversar com ele por telefone e, só
depois, prestar depoimento à polícia.
Nesta quinta (10), o
delegado conta que recebeu outra ligação, dessa vez de uma mulher, que também
se identificou como advogada de Maqueila. ainda de acordo com o delegado,
ela repetiu as mesmas informações que o suposto advogado disse no dia anterior.
Minutos depois de falar
com a mulher pelo telefone, o delegado recebeu novamente a ligação do advogado
de Maqueila, que afirmou não reconhecer a mulher como advogada do caso. O homem
repetiu que Maqueila falaria com o delegado pelo telefone, mas não informou em
que data ela faria a ligação.
Maqueila responde a processos
e inquéritos por estelionato, sequestro e extorsão. Ela é investigada no caso da morte do
empresário por causa da sua amizade com Shirley, viúva de Leandro. As duas se
conheceram na prisão em 2021, quando Shirley foi condenada a nove anos de
prisão pelos crimes de sequestro e extorsão cometido com Leandro em 2001.
Um homem ligado ao empresário Leandro Silva
Troesch, dono da Pousada Paraíso Perdido, foi encontrado
morto nesta segunda-feira (07). Ele teria sido morto, segundo as investigações,
por queima de arquivo.
Segundo a Polícia Civil, o homem seria uma pessoa de confiança do
empresário e testemunha chave para a investigação. O crime,
provavelmente, pode ser considerado uma queima de arquivo.