divulgação (Foto: Reprodução/TV Globo)
Pai
de lutador morto culpa PM e desabafa: "Perdeu a luta para os
canalhas"
O pai do lutador morto, Valneci Ferreira, negou troca de
tiros com bandidos
"Nunca
perdeu uma luta. Perdeu agora uma luta, me desculpe as palavras, para os
canalhas”. O desabafo é do pai do lutador Vítor Reis de Amorim, morto com um
tiro em um bar em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
A família responsabiliza policiais militares pela morte do jovem
de 19 anos; a corporação nega e diz que Vítor foi atingido durante confronto
com bandidos. "O policial agora, o ano novo dele vai ser o melhor
possível. Com filho dele do lado. E o meu? A minha mulher está lá em casa a
base de remédio. Tudo o que eu queria era meu filho aqui, isso eu já sei que é
impossível. Então agora eu vou até o final”, disse Vanelci Ferreira à TV Globo.
Os familiares da vítima afirmam que os policiais chegaram, na
terça-feira (28), no bar localizado no Morro da Jaqueira, atirando. “Não teve
troca de tiros. Eles chegaram e deram tiro, claro. A polícia. Chegaram. É
claro. Quem escutou tiro vai correr. Até eu se estiver na rua. Dar um cheiro
nas costas. De fuzil. E mais, pior de tudo, minha esposa foi lá porque na hora
estava trabalhando e eles ainda humilharam minha esposa. Bateram na minha
esposa. Empurraram minha esposa".
Vítor foi levado para o pronto-socorro de São Gonçalo já sem
vida, pelos próprios policiais militares. Vanelci diz que, ao chegar na
unidade, os agentes ocultaram que o rapaz estava morto.
A PM diz que policiais faziam patrulhamento quando foram
atacados, e houve confronto. “Os policiais informaram que de fato foram
atacados. A gente teve ali um confronto segundo relato dessa ocorrência. Houve
uma fuga dos marginais que atacaram os policiais. Logo após foram encontrados
ali ao solo a pistola e também o jovem morto”, disse o major Ivan Blaz.
Segundo ele, os policiais não souberam dizer se atiraram contra
o jovem.
A Polícia Civil informou que a 73ª DP (Neves) investiga o caso e
que as armas dos policiais militares já foram recolhidas para análise. Disse
ainda que os familiares do jovem serão ouvidos e que os agentes fazem buscas
por testemunhas que ajudem a esclarecer o caso.
Já a Polícia Militar disse que a Corregedoria da corporação vai
investigar o caso.