divulgação (Foto: Reprodução TV Globo)
IML identifica nove mortos depois de confrontos em São Gonçalo (RJ)
Corpos foram localizados nesta segunda-feira (22) em mangue, por
moradores
O Instituto Médico Legal (IML) do bairro de Tribobó, em São Gonçalo,
concluiu a identificação de nove mortos nos confrontos
entre a polícia e criminosos no fim de semana, no Conjunto de
Favelas do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro.
De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro,
foram mortos Carlos Eduardo Curado de Almeida, Ítalo George Barbosa de Souza
Gouvêa Rossi, Élio da Silva Araújo, Rafael Menezes Alves, David Wilson Oliveira
Antunes, Kauã Brenner Gonçalves Miranda, Jhonata Klando Pacheco e Douglas
Vinícius Medeiros de Souza.
Os corpos foram localizados ontem (22), em uma área de mangue, por
moradores da comunidade, que os tiraram de lá, os levaram para uma rua junto às
casas e os cobriram por panos. Além dos oito encontrados no manguezal, o IML
identificou Igor da Costa Coutinho. Baleado, o homem que foi socorrido, mas
morreu, é apontado como um dos participantes do confronto de sábado (20), que
resultou na morte do sargento lotado no 7º Batalhão da Polícia Militar (BPM)
(São Gonçalo), Leandro Rumbelsperger da Silva, de 38 anos. Conforme a
secretaria, cinco dos nove mortos tinham antecedentes ou anotações criminais.
Os confrontos no Conjunto de Favelas do Salgueiro começaram na madrugada
de sábado (20), quando o sargento foi baleado durante um patrulhamento em
Itaúna, dentro do conjunto. O policial militar chegou a ser levado para o
Hospital Estadual Alberto Torres, também em São Gonçalo, mas não resistiu ao
ferimento.
Investigação - A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí
(DHNSG), que investiga as mortes no Conjunto de Favelas do Salgueiro, enviou um
ofício à Polícia Militar pedindo os nomes dos agentes que participaram da ação.
Além disso, solicitou a apreensão das armas usadas na operação para exames
periciais. As investigações estão sendo conduzidas pelo titular da DHNSGI,
Bruno Cleuder, que abriu inquérito.
Depoimentos
No andamento das apurações, os agentes da DNSHI estão ouvindo
depoimentos de testemunhas e pessoas das famílias dos mortos. Os investigadores
querem ouvir novas testemunhas que ajudem a esclarecer todos os fatos ocorridos
na comunidade.
A Corregedoria da PM e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro
(MPRJ) verificam se houve excesso dos policiais do Bope. O comando da PM
instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar todas as circunstâncias da
ação e, segundo a assessoria da corporação, “colabora inteiramente com as
investigações”. O MP, por meio da 7ª Promotoria de Justiça de Investigação
Penal Especializada do Núcleo Niterói e São Gonçalo, instaurou um Procedimento
Investigatório Criminal (PIC) para apurar o caso.