divulgação (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
OAB-BA aguarda vistoria para se posicionar sobre prisão de advogado em
sala do Bope
Local é alternativa da PM à inexistência de sala de Estado-Maior na
Bahia
A defesa do advogado José Luiz de Britto, de 50 anos, suspeito de matar a namorada de
21, informou que aguarda o relatório Comissão de Prerrogativas
da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-Ba) sobre a compatibilidade
da sala do Batalhão de Choque da Polícia Militar, onde ele está detido, com a
de Estado Maior, prevista para a prisão preventiva de advogados, conforme
determina uma Lei Federal de 1994.
O suspeito de feminicídio foi
encaminhado para o Caji, em Lauro de Freitas no início da tarde desta
quinta-feira (21), após ter a prisão preventiva substituída
por domiciliar, em razão da inexistência de uma sala de
Estado-Maior na Bahia. Para reverter isso, a Polícia Militar enviou, nesta
quarta (20), informações sobre o espaço que poderia ser
utilizado para a prisão do advogado, alternativa acatada pela Justiça mais
tarde no mesmo dia.
“Estamos esperando o relatório da Comissão de Prerrogativas porque não é
atribuição da defesa verificar a validade da sala. O que eu posso garantir é o
direito dele. Estamos aguardando laudos técnicos, amadurecendo as nossas
estratégias. A gente está aguardando o desenrolar do inquérito e seguiremos com
a tese que ele [cliente] nos passou”, disse o advogado de Britto, Domingos
Arjones.
O presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-Ba, Adriano
Batista, afirmou que a vistoria da sala do Bope ainda não foi feita. Ele
acrescenta que, em outras ocasiões, essa verificação foi realizada, mas ela
precisa ser executada novamente, pois a PM informa que o local passou por uma
reforma. Além disso, a determinação final depende da interpretação da Justiça
no caso. “Já tivemos todo o tipo de decisão porque depende do juiz. Um pode
entender que a sala é compatível a uma de Estado Maior e que as condições são
dignas e outro não”, explicou.