divulgação (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)
Áudios de Cid voltam a repercutir nas redes após relatórios da
PF
Áudios divulgados em março deste ano voltaram a repercutir nas
redes sociais após relatórios da PF
Após os relatórios da Polícia Federal (PF), áudios de Mauro Cid
obtidos pela Revista Veja têm voltado a repercutir nas redes sociais. Nos
áudios divulgados em março deste ano, o ex-ajudante de ordens da presidência
fala sobre as investigações da PF, critica o ministro Alexandre de Moraes, do
STF, e fala que, em todo o processo, só ele teve prejuízos. Sobre a veracidade
das gravações, Cid diz confirmou que são reais e os define como “desabafo”.
Nos áudios, Cid diz que nenhum dos envolvidos havia perdido a
carreira e a vida financeira como ele. Ele ainda diz que, para os políticos
envolvidos, as investigações do período poderiam ter até uma repercussão
positiva, pois, segundo ele, “conseguem se eleger fácil”. Ele ainda declarou
que se não colaborasse com as investigações pegaria de 20 a 30 anos de
detenção.
O militar também expressa, em uma das gravações, críticas à
maneira como a Polícia Federal realizou o seu interrogatório e acusa
severamente Moraes, que é o responsável pela supervisão dos inquéritos
envolvendo Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro. “O Alexandre de Moraes é a
lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério
Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação”, disse Cid à
pessoa que recebeu as declarações.
Em um dos áudios, ele também declarou que os investigadores
desejavam que ele relatasse “coisas que não aconteceram”.“Eles não aceitavam e
discutiam que a minha versão não era verdadeira, que não podia ter sido assim,
que eu estava mentindo. Eles já estão com a narrativa pronta. Eles não queria
saber a verdade”, disse Cid. Em comunicado, a defesa de Cid reafirmou que os
áudios foram meros “desabafos” e enfatizou que o que foi dito não
comprometeria, de forma alguma, a integridade dos termos da delação premiada do
militar com a Polícia Federal.