O coletivo de alunos acionou o Ministério Público e o Procon, que já teriam notificado a instituição a responder no prazo de 15 dias

Alunos protestaram nesta quinta-feira (10) contra a Unime de Lauro de Freitas após a faculdade cobrar por estacionamento. Além disso, eles reivindicaram  maior segurança no campus.

Os estudantes de Medicina Veterinária e de Arquitetura, Amanda Azevedo e Leonardo Innocenti, respectivamente, disseram ao Metro1 que consideram a cobrança indevida. O coletivo de alunos acionou o Ministério Público e o Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor), que já teriam notificado a instituição a responder no prazo de 15 dias.

A estudante Amanda relatou que a Unime de Lauro de Freitas presta serviços médicos em parceria com a prefeitura. “Então, além dos alunos, os pacientes também saem prejudicados”, disse. Para ela, tanto os estudantes quanto as pessoas que utilizam dos serviços médicos deveriam ser isentados da cobrança no estacionamento.

“A gente paga mensalidade, que é cara. Não deveríamos ser cobrados pelo estacionamento dentro da faculdade. Nós entendemos que muitas pessoas, que trabalham aos arredores, entram na faculdade para usufruir do estacionamento e não utilizam do serviço da faculdade. Então, que cobre dessas pessoas e não da gente que já paga mensalidade cara e nem das pessoas que vão para UPA, já que, geralmente, são pessoas financeiramente mais vulneráveis”, queixou a estudante.

Além da cobrança indevida, os alunos se queixam da insegurança da instituição de ensino. A estudante de Medicina Veterinária contou que neste ano, o cantor Beto Jamaica foi assaltado neste campus da Unime. Ela afirmou que os universitários se sentem inseguros mesmo dentro da instituição.

“Ladrão não entra na faculdade de carro, entra a pé. E o trânsito lá dentro continua sem nenhum tipo de segurança. A diferença é que eles estão querendo cobrar o estacionamento. Eles dizem que, com a taxação, quem vai responder pelos possíveis assaltos no estacionamento é a empresa. A faculdade quer tirar o corpo fora disso. Mas e dentro da faculdade, que não tem controle interno do mesmo jeito? Por isso, fizemos uma manifestação ontem e vamos continuar fazendo. Entrando em ação judicial, o que quer que seja”, completou a estudante.

A reportagem do Metro1 entrou em contato com a assessoria da Unime, mas até o momento da publicação não obteve retorno.