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Publicada em 06/01/23 às 20:56h - 24 visualizações
Povo de santo protesta em frente a Disep de Vitória da Conquista, após terreiro ser invadido https://www.radiombfm.com.br/noticias/bahia/132119,povo-de-santo-protesta-em-frente-a-disep-de-vitoria-da-conquista-apos-terreiro-ser-invadido
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divulgação (Foto: Reprodução/Redes Sociais) Povo de santo protesta em frente a Disep de Vitória da Conquista, após
terreiro ser invadido
Ato foi realizado em protesto contra a invasão do Terreiro Nzo Reino
Nzaazi que ficou completamente destruído
Representantes das religiões de matriz africana realizaram na manhã
desta quinta-feira (05) uma manifestação na porta do Distrito Integrado de
Segurança Pública (Disep), localizado no bairro da Jurema, em Vitória da
Conquista, no centro-sul da Bahia. O ato foi realizado para protestar
contra um ataque que destruiu os espaços sagrados da Comunidade Tradicional de
Terreiro Nzo Reino Nzaazi, também conhecida como Casa de Xangô.
O caso aconteceu no último domingo (01) e é
considerado o primeiro caso de intolerância religiosa de 2023. No momento da
ação, não havia ninguém no terreiro, já que a yalorixá Simone Souza Oliveira
havia saído com os filhos de santo, por volta de 21h para uma confraternização
de ano novo. Ao chegar em casa, as 3h do dia 01 de janeiro, ela encontrou o
imóvel revirado, com imagens, assentamentos dos orixás, panelas, prateleiras,
fogão, geladeira e até roupas destruídas.
Os membros do terreiro, assim como o presidente da
Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro Ameríndia (Afa), LKeonel
Monteiro, que acompanha o caso, tratam a situação como intolerância religiosa.
No entanto, a ocorrência foi registrada como dano, conforme explicou em
entrevista ao programa Mojubá na última segunda-feira.
"Infelizmente as nossas delegacias não estão
preparadas para atender esse tipo de ocorrência. O boletim foi registrado como
dano ao patrimônio, dano material, minimizando algo muito danoso, muito grave,
que é a intolerância religiosa. Isso só reforça a necessidade de termos uma
Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que a Bahia
ainda não tem".
O homem não foi preso, já que ele foi
identificado, ouvido na delegacia e liberado. Além da Afa, a Ordem dos
Advogados do Brasil seção Bahia (OAB-Ba) informou que irá acompanhar o caso.
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