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Em
decisão a favor de camelôs, Defensoria anula cláusula abusiva do Shopping
Popular de Feira de Santana
O acordo firmado entre o Shopping Popular e os camelôs da região que
previa que, em casos de inadimplência, os boxes poderiam ser lacrados e as
mercadorias retidas pela concessionária
A Justiça determinou, nesta semana, a anulação de um acordo firmado
entre a concessionária que administra o Shopping Popular e os camelôs da região
que previa que, em casos de inadimplência, os boxes poderiam ser lacrados e as
mercadorias retidas pela concessionária. A clausula é descrita como abusiva
pela Defensoria Pública da Bahia (DPE/BA), a instituição atua junto aos
comerciantes do Shopping Popular de Feira de Santana há três anos na
causa.
“Foram inúmeras reuniões para discutir, tanto com o presidente da
concessionária quanto com a presidente da Associação dos Camelôs. Tivemos
inúmeras ações individuais também ajuizadas. No final das contas, depois de
todo esse tempo de luta, foi dada uma decisão parcialmente favorável pelo
juiz”, explicou a defensora Júlia Baranski.
A decisão foi comemorada
pelos camelôs, que consideram a cláusula abusiva como um grande fantasma para
os trabalhadores. "A decisão representa uma luz no fim do túnel, em meio a
tanto descaso e abandono. A associação salienta o quanto é favorável a decisão do
juiz no processo do shopping popular, de reconhecer a cláusula abusiva que dá
direito ao consórcio de lacrar os boxes e desligar as luzes ser anulada. Esse
era um grande fantasma para nós, sofrer com essa perseguição”, comentou a
presidente da Associação em Defesa dos Camelôs (Adecam), Bete Camelô.