divulgação (Foto: Danilo Magalhães)
Mapeamento indica que 78 famílias refugiadas vivem em Lauro de Freitas
Pesquisa aponta que 99% dos refugiados na cidade são de nacionalidade
venezuelana e 1% peruana
Um mapeamento divulgado nesta quinta-feira
(15) detalhou informações sobre o acolhimento de refugiados em Lauro de
Freitas, na região metropolitana de Salvador. A cidade é destaque, na Bahia,
como destino de pessoas refugiadas e migrantes.
Segundo
o Mapeamento de Pessoas Refugiadas e Migrantes, realizado pela Secretaria
de Políticas Afirmativas e Direitos Humanos (SEPADHIR), residem em Lauro de
Freitas, atualmente, 78 famílias -- o que corresponde a mais de 300 pessoas,
que vieram ao Brasil em busca de oferta de trabalho de qualidade de vida.
O
documento aponta que Areia Branca, Jambeiro e Capelão são os bairros mais
procurados pelos migrantes e refugiados para residir. Cerca de 80% chegaram a
Lauro de Freitas por meio da Estratégia de Interiorização do Governo Federal ou
com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e ainda através do setor
privado.
O
mapeamento ainda aponta que 99% dos refugiados são de nacionalidade venezuelana
e 1% peruana. Entre as principais habilidades profissionais exercidas por eles,
estão: trabalhadores do comércio, professores, trabalhadores do campo e
prestadores de serviço.
A
pesquisa foi realizada no segundo semestre de 2021. Uma escola da rede
municipal na região de Areia Branca foi utilizada como base para receber as
famílias que participaram dos cadastros voluntariamente. O objetivo é conhecer
a realidade dos refugiados na cidade para desenvolver políticas públicas mais
efetivas. Recentemente, foi inaugurado o Centro de Referência e Apoio aos
Imigrantes (CRAI) que disponibiliza atendimento social, jurídico e psicológico
a estas pessoas.
Utilizando a metodologia COBOL – estratégia
de triagem técnica para entrevistas - a realização do Mapeamento de Pessoas
Refugiadas e Migrantes contou com a participação da SEPADHIR, Universidade
Salvador, Serviço Jesuíta a Migrante e Refugiados, Serviço Pastoral do Migrante
de Salvador e Agência da ONU para Refugiados no Brasil.