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UPB leva redução
da alíquota do Inss paga pelos municípios a XXIII Marcha a Brasília
Acontece de 25 a 28 de abril, a XXIII Marcha a Brasília. Um
dos principais assuntos a ser abordado pelos gestores baianos é a redução da
alíquota patronal paga pelas prefeituras ao Inss. A União dos Municípios da
Bahia (UPB), espera levar um número expressivo de prefeitos para mobilizar
deputados e senadores no apoio à tramitação de propostas, a fim de solucionar a
dificuldade dos municípios em cumprir a alíquota de 22,5%, uma das mais altas
aplicadas a empregadores no Brasil.
“Nas
últimas décadas, os municípios assumiram a gestão de inúmeros serviços que
foram municipalizados e oneraram a folha de pagamento. Mas, não faz sentido uma
prefeitura que presta serviço público de interesse social pagar uma alíquota
cheia. Vários setores têm recebido incentivos e isenções, queremos uma alíquota
que seja possível pagar e não alimente a dívida seríssima que os municípios
enfrentam hoje”, explica o presidente da UPB, Zé Cocá, que é prefeito de
Jequié, no sudoeste baiano. O gestor pretende fortalecer o movimento com os
estados do Norte e Nordeste do país, onde o problema é ainda mais grave.
Um estudo promovido pela UPB mostra que no Brasil 3.460 municípios possuem o
regime geral de previdência e, em sua maioria, enfrentam dificuldades para
recolher toda a contribuição previdenciária devida. “Queremos que o Congresso e
o Governo Federal sejam sensíveis a essa situação. A redução da alíquota vai
viabilizar a sustentação financeira dos municípios, que estão quebrados. Essa é
uma pauta do interesse de todos, principalmente dos municípios mais pobres”,
esclarece o prefeito de Riachão do Jacuípe, Carlos Matos, que preside na UPB
uma Comissão para tratar do tema.
No Congresso Nacional duas medidas pretendem reduzir a
alíquota imposta aos municípios. Em fase de coleta de assinaturas para iniciar
a tramitação está a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de autoria do
deputado federal Cacá Leão para reduzir pela metade a contribuição dos
municípios. Já no Senado, o Projeto de Lei 51/2021, apresentado pelo Senador
Wagner, propõe um Regime Especial de Contribuição Patronal, fixando alíquotas
progressivas de acordo com o PIB per capita dos municípios.