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Justiça determina que patrão indenize auxiliar de cozinha em R$
50 mil por agressão e racismo
A 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA)
manteve a sentença da 5ª Vara do Trabalho de Feira de Santana
Uma auxiliar de cozinha de Feira de
Santana, distante cerca de 100 km de Salvador, vai ser indenizada em R$50 mil
após ter sido vítima de agressões racistas no trabalho. De acordo com o
Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), o patrão, dono de um
restaurante, ofendeu a trabalhadora com xingamentos racistas e também a agrediu
fisicamente.
A funcionária foi contratada em
2011 como auxiliar de cozinha. Ela relatou que sofria tratamento racista e era
chamada por termos como "urubu de macumba" e "nega
feiticeira".
Além das agressões verbais, a
mulher afirmou ter sido agredida fisicamente. A vítima carregava uma bandeja
com quentinhas quando o patrão a puxou com força pelo braço, machucando seu
punho. A empregada registrou um boletim de ocorrência, e a perícia comprovou um
edema na mão e no pulso esquerdo. O caso ocorreu em 2020.
Uma
testemunha ouvida no processo afirmou que o patrão bebia e era agressivo com os
funcionários e que já presenciou ofensas racistas. A esposa do proprietário
afirmou que ele era brincalhão e que chamar a funcionária de “nega feiticeira”
era uma "brincadeira sem maldade".