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Publicada em 16/07/24 às 18:44h - 10 visualizações
Desistência de Jabes Ribeiro gera corrida por apoiadores do ex-prefeito de Ilhéus e embola disputa na cidade https://www.radiombfm.com.br/noticias/metropolitica/152865,desistencia-de-jabes-ribeiro-gera-corrida-por-apoiadores-do-ex-prefeito-de-ilheus-e-embola-disputa-na-cidade
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Divulgação (Foto: reprodução)
Desistência de Jabes Ribeiro gera corrida por apoiadores do
ex-prefeito de Ilhéus e embola disputa na cidade
Pepista deixou páreo após pré-candidato do União Brasil
descumprir acordo para forma uma frente ampla da oposição ao PT
A saída
do ex-prefeito Jabes Ribeiro (PP) da disputa em Ilhéus provocou uma corrida
pelo apoio do pepista entre os três principais pré-candidatos na cidade e
embaralhou o jogo eleitoral no segundo maior município do sul da Bahia. Logo
após Jabes formalizar a retirada do páreo na manhã de sábado (13), conforme
antecipado pela coluna na quinta-feira (11), o advogado
Bento Lima (PSD), nome escolhido pelo prefeito Mário Alexandre, a ex-secretária
estadual de Educação Adélia Pinheiro (PT) e o empresário Valderico Júnior
(União Brasil) iniciaram conversas com lideranças que integram a base de Jabes
na tentativa de cooptá-los. Segundo apurou a Metropolítica,
Bento Lima começou à frente na pescaria e já se reuniu com boa parte dos
aliados do ex-prefeito, mas tanto Adélia quanto Valderico iniciaram uma
maratona contra o relógio para reduzir a desvantagem.
Pote de
mágoas
Oficialmente, Jabes Ribeiro ainda não anunciou apoio pessoal a nenhum dos três
nomes, embora o PP tenha assegurado ao União Brasil o embarque no palanque de
Valderico Júnior. Caso o ex-prefeito decida aderir à campanha do empresário por
obediência às orientações do comando do partido no estado, do qual é
secretário-geral, a tendência é que a participação dele seja apenas protocolar.
Em conversas reservadas, interlocutores de Jabes consideram muito difícil que
ele entre de corpo e alma na campanha de Valderico Júnior, a quem critica por
ter descumprido um acordo firmado no fim de 2023. À época, ficou acertado que
quem estivesse melhor nas pesquisas até o fim de junho, seria cabeça de chapa.
Na terça-feira passada (9), o pré-candidato do União Brasil se negou a cumprir
o pacto, mesmo aparecendo bem abaixo na última sondagem encomendada pela própria
legenda.
Caminho
pavimentado
"Há uma revolta grande no grupo com Valderico. O sentimento é de que ele
jogou sujo com Jabes, prometendo seguir o acordo para formar a tal frente ampla
dos partidos de oposição ao governo do estado. Na última hora, apesar de
pontuar menos, se negou a ocupar a vaga de vice e disse que sairia em voo solo.
Isso é traição. Acho impossível que a maioria de nossa turma apoie Valderico,
muito menos Adélia Pinheiro, que é um nome desconhecido na política aqui. Já
vejo sinais mais claros de aproximação com o bloco do prefeito Marão. O fato é
que, quem herdar os votos de Jabes, terá chances altas de ser eleito em
Ilhéus", confidenciou um dos aliados mais próximos ao ex-prefeito.
Nariz
torcido
Antes de anunciar a desistência, Jabes Ribeiro teve um encontro decisivo com o
ex-prefeito de Salvador ACM Neto. Vice-presidente nacional do União Brasil e
fiador do acordo com Valderico Júnior, Neto teria demonstrado insatisfação com
a recusa do correligionário em ocupar o posto de vice na frente ampla da
oposição em Ilhéus. "Neto disse, inclusive, que se Jabes quisesse manter o
nome, negaria a legenda para Valderico, mas ele não aceitou, por achar que só
teria possibilidade de vencer com a chapa unificada", afirmou um dos
líderes oposicionistas que participaram da reunião.
Andar de
cima
Diante do cenário embolado, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), convocou
o prefeito de Ilhéus para uma conversa em Brasília na noite de segunda-feira
(15). No gabinete de Rui, Marão e a esposa, a deputada estadual Soane Galvão
(PSD), reclamaram dos ataques que vêm sofrendo do PT e da oposição feroz feita
pela pré-candidata do partido contra eles. Alegaram que a atual gestão
encontrou a prefeitura em caos financeiro, passaram oito anos para arrumar a
casa e não seria justo entregá-la agora a um nome com o qual não possuem
qualquer relação política e que sequer morava na cidade até este ano. Lembraram
ainda que, no município, ambos encabeçaram a campanha para eleger o governador
Jerônimo Rodrigues e o presidente Lula, enquanto Adélia Pinheiro se manteve
distante de lá na sucessão de 2022. O chefe da Casa Civil prometeu intervir
junto à ex-secretária de Educação para frear a sanha da petista e garantiu
neutralidade na batalha em Ilhéus.
Acerto
de contas
O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou a ex-prefeita de Candeias Maria
Maia a indenizar os cofres públicos em R$ 1,32 milhão, mais juros e correções
monetárias, por causa de irregularidades no uso de repasses destinados pelo
Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional para obras na cidade em
2009 e 2010. Ao mesmo tempo, o TCU também puniu a ex-prefeita com multa de R$
338 mil. Entre 1992 e 2012, período em que governou a cidade da Região
Metropolitana de Salvador por duas vezes, Maria Maia foi a mais dura opositora
da também ex-prefeita Tonha Magalhães e chegou a ter o mandato cassado em 2012
pelo Tribunal Superior Eleitoral, após receber doações de uma pessoa morta na
campanha de 2008. Contudo, perdeu protagonismo no município em meio a sucessivas
denúncias por supostos desvios de verbas.
Duelo em
avanço
O desembargador Mário Alberto Simões Hirs, da Segunda Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), notificou o prefeito de Brumado, Eduardo
Vasconcelos (PSB), para que se manifeste na queixa-crime ajuizada em 18 de
junho pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes
(PSD), contra ele. O processo foi movido no rastro de declarações em que
Vasconcelos acusa os deputados estaduais de serem "vendidos", durante
entrevista concedida à imprensa em 16 de março deste ano. "As graves
ofensas proferidas contra o querelante (Menezes) são capazes de abalar o
equilíbrio psicológico e a credibilidade, ultrapassando, inclusive, qualquer
limite estabelecido pela normal rivalidade política", diz um trecho da
ação por calúnia e difamação assinada pelo criminalista Adolfo Venet Lima,
contratado pelo presidente da Alba para tocar a ofensiva judicial.
Alvo
duplo
Membros da equipe da pré-campanha de Bruno Reis (União Brasil) estão convictos
de que o principal adversário do prefeito, o vice-governador Geraldo Jr. (MDB),
vai concentrar a artilharia em duas frentes, na tentativa de desgastá-lo. A
primeira é despejar ataques às falhas no sistema BRT, alvo de críticas pela
subutilização, sobretudo, a distância que boa parte dos moradores de bairros
assistidos pela rede de ônibus expresso precisa percorrer para chegar a uma das
estações construídas nas três linhas em operação. A segunda tem origem no
avanço do concreto sobre áreas verdes da capital.
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