Divulgação (Foto: Eduardo Bastos/Setur-BA)
Setur-BA celebra 100 anos de Mãe Mirinha de
Portão
Terreiro São Jorge Filho da Gomeia é um dos principais atrativos
do afroturismo religioso na Costa dos Coqueiros
Localizado no bairro de Portão, em Lauro de Freitas, na Região
Metropolitana de Salvador (RMS), o Terreiro São Jorge Filho da Gomeia é um dos
principais atrativos do afroturismo religioso na Costa dos Coqueiros. O local
abriga o museu comunitário sobre a história do templo sagrado, grupos culturais
e atividades sociais.
As homenagens pelos 100 anos de Mãe Mirinha de Portão, ialorixá
fundadora do terreiro, que faleceu aos 65 anos, em 1989, foram iniciadas neste último
sábado (6). Na programação, com apoio da Secretaria Estadual de Turismo
(Setur-BA), tem seminário sobre cultura afro-brasileira, apresentações de
capoeira, cânticos e roda de conversas da mãe de santo Mameto Kamurici, que
comanda a casa, com lideranças de outros terreiros e visitantes.
"Estamos abrindo as comemorações, que vão acontecer o ano
todo, para manter vivo o espírito da Mãe Mirinha, que contribuiu tanto para a
nossa comunidade. Essa parceria com a Setur-BA é muito importante, pelo
entendimento do significado da obra social, cultural e religiosa, que ela nos
deixou", explicou a líder do terreiro.
"Apoiamos eventos ligados à ancestralidade do povo baiano,
por meio do projeto Agô Bahia, que desenvolve ações para o incremento do
afroturismo, sendo a história desse terreiro de Portão uma de suas maiores
expressões", completou Paulo Sobrinho, assessor técnico da Setur-BA.
Centenário
Altamira Maria Conceição Souza, a Mãe Mirinha de Portão, nasceu
em 21 de dezembro de 1924 e foi iniciada no candomblé por Joãozinho da Gomeia.
Em 1948, ela fundou o Terreiro São Jorge Filho da Gomeia, tombado como
Patrimônio Cultural da Bahia. O templo se transformou em ponto de visitação,
atraindo brasileiros e estrangeiros, e deverá receber mais turistas, neste ano,
por conta do centenário da fundadora.
"Recebemos todos os anos, em média, 50 grupos de estudantes
dos Estados Unidos e da Europa, interessados em nossas tradições, além de
alunos de escolas de várias partes da Bahia e do Brasil. Com exceção dos
espaços sagrados, liberamos o restante para a visitação desses grupos",
relatou Cláudia Santos, uma das responsáveis pelas atividades no terreiro.