divulgação (Foto: Reprodução)
Última mulher presa por atos do 8
de janeiro é solta, mas com tornozeleira e proibição de ir às redes
Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória
A
última mulher que ainda estava presa em após ser flagrada em meio aos atos
golpistas de 8 de janeiro deixou a prisão neste final de semana. Dirce Rogério
é acusada pela Procuradoria-Geral da República de participar da depredação das
dependências do Palácio do Planalto. Ela chegou à Santa Catarina, onde mora,
neste sábado (2).
Dirce
estava presa preventivamente até esta sexta (1º), quando o ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu à microempreendedora
liberdade provisória vinculada ao cumprimento de uma série de medidas
cautelares, a começar pelo uso de tornozeleira eletrônica.
Ela
ainda tem de entregar seu passaporte à Justiça, deverá se apresentar
semanalmente ao juízo de Rio do Sul (SC) e está proibida de usar as redes sociais,
assim como de se comunicar com outros investigados pelos atos golpistas.
Dirce
responderá em liberdade o processo no qual é acusada dos crimes de associação
criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de
Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de
patrimônio tombado.
A fase
de instrução de sua ação já foi finalizada, com a apresentação das alegações
finais tanto pela defesa como pelo Ministério Público Federal. Agora o processo
deve ser analisado pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que libera a
ação para julgamento. Depois caberá ao presidente da Corte máxima marcar a data
para que o colegiada decida se condena ou absolve Dirce.
As
primeiras ações apresentadas na esteira do 8 de janeiro serão analisadas pelo
STF em sessões extraordinárias agendadas para os dias 13 e 14 de setembro.
Serão julgados os réus Aécio Lúcio Costa Pereira,
Thiago de Assis Mathar e Moacir José dos Santos. Eles são apontados como
executores da depredação aos prédios do Palácio do Planalto e do Congresso
Nacional.