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Justiça Federal fixa atos de improbidade
administrativa que serão respondidos por Bolsonaro
Ex-presidente é investigado pelo caso "Wal do Açaí", após
contratar uma assessora parlamentar que em 15 anos não exerceu o cargo
A lista
de atos de improbidade administrativa pelos quais o ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL), atualmente
inelegível, vai responder no caso conhecido como "Wal
do Açaí" , foi definida pela Justiça Federal do
Distrito Federal (DF), nesta quinta-feira (28). A informação foi divulgada
pelos portal G1.
Pela decisão da juíza
Ivani Silva da Luz, Bolsonaro e a ex-secretária deverão responder aos atos de
improbidade que levam ao enriquecimento ilícito e que causam lesão ao erário. A
verificação para saber se os atos realmente configuram improbidade
administrativa só ocorrerá posteriormente, segundo a juíza, após a análise das
provas.
Entre a lista está: usar,
em obras ou serviços particulares, o trabalho de servidores; facilitar ou
permitir a incorporação indevida de bens e verbas públicas ao patrimônio
particular; liberar verba pública sem a estrita observância das normas
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.
As defesas apontaram,
entre outras questões, o excesso de prazo do inquérito civil que deu origem à
ação; que atos de improbidade não poderiam ser atribuídos a Bolsonaro, enquanto
presidente; e que não houve atos irregulares.
O caso
A ação se baseia em uma suposta irregularidade na contratação da
assessora parlamentar Walderice Santos da Conceição, quando o político era
deputado federal. Segundo Ministério Público (MP), Wal do Açaí, como ficou
conhecida Walderice após ser flagrada vendendo açaí na hora do expediente
legislativo, esteve lotada no gabinete de Bolsonaro durante mais de 15 anos,
mas nunca viajou para Brasília e nem exerceu qualquer função relacionada ao
cargo.