divulgação  (Foto: Agência Brasil)

STJ reabre ação que multa Dallagnol em R$ 3 milhões e ex-procurador reclama: "Onde está a Justiça nesse país?"

Segundo a decisão do tribunal, o deputado cassado deve ressarcir os gastos considerados excessivos na Operação Lava Jato

Após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manter a condenação do deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos) no processo que estabelece o ressarcimento de gastos indevidos com a Operação Lava Jato, o ex-procurador-geral publicou nas redes sociais um vídeo criticando a decisão do tribunal, nesta quinta-feira (8).

"Mais uma bomba foi jogada em mim essa semana e agora também sobre a minha família. Eu fico me perguntando onde está a Justiça nesse país, eu tô revoltado”, disse Dallagnol.

“A parte política do TCU quer acabar com o patrimônio de quem combateu a corrupção. Eles querem que quem ousou combater a corrupção pague o preço nesse país, com seu mandato, com seu patrimônio e com a vida da sua família”, completou.

O Tribunal de Contas da União (TCU) havia condenado o deputado cassado, assim como o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e e o ex-procurador-chefe do Ministério Público no Paraná, João Vicente Beraldo, a devolverem o total de R$ 2,8 milhões aos cofres públicos devido aos gastos excessivos feitos pelos integrantes da operação.

O processo foi suspendido em junho, já que o juiz responsável pelo caso entendeu que Dallagnol não havia arquitetado o sistema de pagamentos da Lava Jato. No entanto, o então presidente do STJ, ministro Humberto Martins, suspendeu a decisão e liberou a retomada do julgamento.

Com isso, o deputado cassado foi condenado, em agosto de 2022, pela 2ª Câmara Ordinária do TCU, que viu “ato de gestão ilegítimo e antieconômico” na Lava Jato. Foi definido então que Dallagnol, Janot e Beraldo deveriam pagar a quantia de R$ 2,831,808,17, assim como multa individual de R$ 200 mil.