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CNJ
reserva 5% das vagas de trabalho no Judiciário para mulheres
Essas mulheres devem estar em situação de violência ou
vulnerabilidade
O Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) aprovou na terça-feira (11), em
Brasília, um ato normativo para reservar 5% das vagas de trabalho terceirizado
e continuado, de todos os tribunais do país, para mulheres em situação de
violência ou vulnerabilidade.
Os
órgãos do Poder Judiciário terão 90 dias para adaptar os contratos de prestação
de serviço, e todos os editais de contratação devem prever a regra daqui em
diante. A iniciativa foi denominada Programa Transformação.
Pelo texto
aprovado, deverão ser reservadas, no mínimo, 5% das vagas por parte de
tribunais e conselhos nos contratos que possuam, pelo menos, 25 colaboradores
para prestação de serviços contínuos em regime de dedicação exclusiva.
Mulheres pretas e pardas
“As vagas serão destinadas prioritariamente a mulheres pretas e pardas, em
condição de especial vulnerabilidade econômico-social, egressas do sistema
prisional, migrantes e refugiadas, em situação de rua, indígenas, mulheres do
campo, assim como para pessoas trans e travestis”, informou o Conselho Nacional
de Justiça.
Segundo
o relator do ato normativo, conselheiro Marcio Freitas, a ideia é que os
tribunais busquem “parcerias com as secretarias de ações sociais e outras
entidades públicas e privadas para obter esses cadastros necessários para
fiscalização do cumprimento dessa norma”.
Ela
prevê, ainda, que o CNJ estabeleça indicadores relativos à equidade,
diversidade e inclusão relativos a contratos de terceirização de serviços. O
texto também obriga expressamente a paridade salarial entre homens e mulheres,
bem como prevê a adoção, por todos os tribunais, de práticas de prevenção e de
enfrentamento do assédio moral e sexual, entre outras medidas.