divulgação (Foto: Reprodução)
Juíza
quer implantar protocolo de prevenção contra ataques em escolas; entenda
Protocolo de prevenção teve como base caso do adolescente
apreendido pela Interpol por planejar ataque a escola
A juíza de Direito Vanessa
Cavalieri, da vara da Infância e da Juventude do RJ, pretende implantar um
protocolo de prevenção a ataques contra escolas,
baseado nos métodos da cultura de paz e da Justiça restaurativa. De acordo com
informações do Tribunal de Justiça do Estado (TJRJ),
a ideia é de que seja implantado um projeto piloto na rede pública ou privada
de ensino.
Para
a magistrada, quase todos os casos são cometidos por alunos ou ex-alunos que
sofrem bullying repetidamente, têm
transtornos psiquiátricos e sofrimentos emocionais. Esses
aspectos inerentes aos autores dos crimes, porém, não são percebidos pela
família, escola ou Estado.
Vanessa apresentou a proposta
em reunião nesta semana com representantes da Secretaria Municipal de Educação
do Rio e da Guarda Municipal, responsável pelas rondas escolares. A juíza tomou
a iniciativa com base nos casos recentes de tentativas de ataques às
escolas.
Na reunião, Cavalieri
exemplificou o caso de um aluno que foi
detido, no último dia 24, por planejar ataques contra a própria escola.
Em depoimento ao juízo, o adolescente relatou que em algumas ocasiões era
vítima de bullying de uma professora que o obrigava a repetir as perguntas na
frente da classe.
Hugo
Nepomuceno, representante da Secretaria Municipal de Educação do Rio, disse que
vai estudar a proposta, seja com o projeto piloto sugerido pela juíza, ou com a
criação de pontos focais em cada Coordenadoria Regional de Educação.
O
subsecretário recomendou o serviço telefônico 1746 aos pais que queiram denunciar
irregularidades cometidas por professores e funcionários. Responsável pela
ronda escolar de mais de 900 das 1.549 escolas da Cidade do Rio, o inspetor
Marco Aurélio Bazém disse que a Guarda Municipal conta com efetivo de 258
homens para atender as escolas.