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Faroeste: STJ
mantém afastamento de desembargadora do TJ para evitar instabilidade
O ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), manteve o afastamento da desembargadora Sandra Inês Rusciolelli,
do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), no curso da ação penal 953, oriunda da
Operação Faroeste. Ao manter o afastamento, o relator afirmou que os fatos
supostamente criminosos ainda não foram julgados e que a denúncia oferecida
pelo Ministério Público Federal (MPF), em breve, será apreciado pela Corte
Especial do STJ.
Para o ministro, “continuam
plenamente válidos os motivos que autorizaram o afastamento inicial, sendo que
no decorrer deste período vários outros fatos foram agregados, tornando mais
claros os indícios de cometimento dos delitos, consistentes na prática de
corrupção e lavagem de dinheiro, ligadas à comercialização de decisões
judicias, e a necessidade de se acautelar a ordem pública com a medida de
afastamento das funções”.
Og Fernandes ainda asseverou que
é preciso manter o afastamento da desembargadora, “pois o seu retorno pode
gerar instabilidade e desassossego na composição, nas decisões e na
jurisprudência” do TJ-BA. Sandra Inês está afastada da Corte baiana desde março
de 2020, e se tornou a primeira desembargadora brasileira a firmar uma delação
premiada.