divulgação (Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)
MPF cobra ao Telegram resultados de medidas tomadas
contra a desinformação na plataforma
O Ministério Público Federal de São Paulo
(MPF-SP) cobrou ao Telegram um balanço das medidas adotadas pela plataforma
contra a desinformação. O aplicativo prometeu colaborar no combate à
desinformação após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o bloqueio do
aplicativo no país.
Em
março, a plataforma informou que iria monitorar todas as postagens nos 100
canais brasileiros mais populares e afirmou ter implantado meios técnicos para
marcar postagens que possam conter informações imprecisas ou falsas.
As ações foram tomadas após o ministro do STF, Alexandre de
Moraes, estabelecer o bloqueio do Telegram no Brasil. No entanto, a plataforma
cumpriu as exigências de Moraes e a decisão foi revogada. Entre as
determinações de Moraes, estavam a remoção de conteúdo com informações falsas e
a suspensão de usuários propagadores de fake news.
O MPF quer saber, em detalhes, quantos grupos, postagens e
canais foram removidos ou suspensos. Também solicita “quais violações de termos
de uso ensejaram as medidas que, entre as acima citadas, tenham sido adotadas
no contexto da anunciada moderação proativa da plataforma, especificando, de
qualquer forma, se e quais medidas de moderação foram adotadas, pelo Telegram,
com fundamento em sua política de enfrentamento à desinformação”.
O ofício foi enviado pelo procurador da República Yuri Corrêa
da Luz na última terça-feira (10), ao representante do Telegram no Brasil. O
procurador destacou que “o não atendimento à requisição em tela pode configurar
crime de desobediência, tipificado no art. 10 da Lei nº 7.347/1985”.