divulgação (Foto: Reprodução)
Nunes Marques,
do STF, vota por absolvição de Daniel Silveira e julgamento está no 1x1
Após o relator da ação contra o deputado federal Daniel
Silveira, que corre no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de
Moraes, concluir seu voto contra o réu, no fim da tarde desta quarta-feira
(20), o ministro Kássio Nunes Marques, o revisor do processo, abriu divergência.
Mesmo
apontando que o parlamentar “extrapolou, e muito, os limites” e afirmando que
“não se pode extrair o delito de sua conduta, que é reprovável”, Nunes Marques,
um dos dois indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) à Corte, pediu a
absolvição do deputado.
“É certo que o que o parlamentar fez é difícil de acreditar. (…)
Meu repúdio à lamentável linguagem usada pelo parlamentar. [Mas] Peço a mais
respeitosa vênia a todos que pensam diferente. Julgo improcedente a denúncia
oferecida contra o parlamentar.”
De acordo com o portal Metrópoles,
parceiro do Bahia Notícas, com o voto de Nunes Marques, o placar do julgamento
está empatado em 1 x 1. Como é uma ação penal, existe a figura do relator
(Alexandre de Moraes) e do revisor. Agora, os ministros podem acompanhar o
relator ou o revisor.
Logo
depois de Nunes Marques, começou a votar André Mendonça, o segundo indicado por
Bolsonaro para a Corte. Relator da AP 1044, o ministro Alexandre de Moraes
submeteu um voto ao Plenário com a previsão de 8 anos e 9 meses de prisão em
regime fechado para Silveira. Moraes também pede que o parlamentar perca o
mandato e os direitos políticos.
Pelos crimes imputados a ele, Moraes ainda determinou pagamento
de multa de R$ 212,1 mil. Ao proferir o voto para o julgamento de mérito do
caso pedindo a condenação de Silveira, Moraes imputou a ele os crimes de tentar
impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de
qualquer Poder da União ou dos Estados, além do crime de coação no curso do
processo.