divulgação (Foto: Angelino de Jesus/ OAB-BA)
Audiência da
OAB-BA discute atendimento nas Varas de Família e Sucessões
Os serviços prestados nas Varas de Família e
Sucessões da Bahia foram debatidos em uma audiência pública pública promovida
pela Comissão de Direito de Família da seccional baiana da Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB-BA). O encontro aconteceu em formato híbrido, virtual e na sede
da Seccional, nesta quinta-feira (17), e foi transmitido ao vivo pelo canal da
OAB-BA no Youtube.
Representantes da OAB, do Ministério Público da Bahia (MP-BA), da
Defensoria Pública da Bahia (DP-BA), da Associação de Direito de Família e
Sucessões, do IBDFAM participaram do evento. O Tribunal de Justiça da Bahia
(TJ-BA), embora tenha sido convidado, não enviou representante para o evento.
A presidente da OAB-BA, Daniela Borges, explicou que a audiência pública
nasceu em virtude dos graves problemas enfrentados hoje não apenas na capital,
mas também no interior do estado em relação à falta de atendimento nas varas de
família. A Seccional, desde o início da gestão, tem priorizado nas reuniões
quinzenais com o Tribunal de Justiça tratar dos problemas que atingem as Varas
de Família e Sucessões, cobrando providências e o monitoramento por parte da
Corregedoria do TJ-BA.
Após a realização da audiência, foi formulado uma carta para o Tribunal,
com sugestões para melhorar a prestação do serviço. O MP-BA tem apoiado a luta
da OAB para que a população tenha um bom serviço. Já a Defensoria Pública quer
fazer uma parceria com a OAB para melhorar a prestação do serviço ao
cidadão.
Apesar dos problemas enfrentados, a secretária-geral Esmeralda Oliveira
pontuou que a advocacia familiarista não deve perder as esperanças, sobretudo
pelo fato da nova mesa diretora do TJ-BA ter aberto o diálogo com a Seccional.
"Se nos unirmos e trabalharmos conjuntamente, vamos vencer de alguma
forma. Desde o dia que essa nova mesa diretora do Tribunal tomou posse, foi
disponibilizado para nós todos os canais para trabalharmos juntos", disse
Esmeralda.
O procurador-geral da OAB da Bahia, Raphael Matos, reforçou a
necessidade de se ter esperança na mudança, uma vez que o ambiente que a
advocacia hoje encontra no Tribunal de Justiça é o melhor possível no sentido
de acatar as sugestões da OAB. No entanto, pontuou também que é necessário cobrar
do TJ-BA que essas sugestões sejam colocadas em prática. "Precisamos
buscar soluções que efetivamente tenham um caráter mais definitivo, mas de nada
adianta manter o diálogo sem implementar as mudanças".
De acordo com a conselheira federal Mariana
Oliveira, a ausência de representantes do TJ-BA na audiência pública é algo que
precisa ser visto com atenção. "É chegada a hora do Tribunal mostrar como
ele vai resolver os problemas, quando ele vai resolver esses problemas e quais
instrumentos ele vai adotar nesse processo", destacou Mariana.