divulgação (Foto: Reprodução /TV Bahia)
MP-BA move ação
contra Estado e Seap por falta de policiais em penitenciária de Salvador
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) moveu uma
ação contra o Estado e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) para
que aumente o número de policiais penais ou agentes penitenciários no Presídio
Salvador e na Penitenciária Lemos de Brito. A ação foi proposta pela 4ª
Promotoria de Justiça de Execução Criminal de Salvador.
O
objetivo da ação é fazer com que as unidades cumpram a proporção de um agente
para para cada cinco internos, de acordo com a Resolução 09/2009 do Conselho
Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP). Durante inspeções realizadas
pelo MP nas referidas unidades prisionais foram constatadas diversas
irregularidades que deixam os presídios vulneráveis à entrada de objetos
proibidos e ao indevido trânsito de indivíduos de fora do complexo e de
internos em fuga.
O MP identificou a existência de guaritas e passarelas
desativadas, elevado quantitativo de material ilícito apreendido nas unidades
prisionais e nos arredores dos prédios, como facas e drogas, ausência de
Policiais Militares efetuando a segurança externa e baixo quantitativo de
agentes penitenciários/policiais penais. A ação pede que a Justiça determine a
imediata ocupação pela Polícia Militar dos postos de segurança que estão
desativados nas unidades; que intensifiquem a rotina de rondas policiais ao
redor do perímetro das unidades, a fim de promover a segurança e apreender
eventuais objetos que tenham tentado introduzir irregularmente através de
arremessos; e coloquem de immediate telas, grades ou alambrados ao redor dos
presídios, com altura mínima de cinco metros acima do nível do solo, nos termos
do Manual de Diretrizes Básicas para Arquitetura Penal do Conselho Nacional de
Política Criminal e Penitenciária, para evitar os lançamentos e constituir mais
uma barreira contra arremessos e violação de perímetro.
Outra alternativa sugerida pelo MP seria a implementação de
barreiras físicas eficientes e pouco dispendiosas, como solução provisória,
para criar o isolamento da estrutura predial em relação à área externa das
unidades. Além disso, o MP requer também que as unidades prisionais adotem o
monitoramento eletrônico eficiente dos arredores dos presídios, por meio de
câmeras de segurança estrategicamente posicionadas, como foi recentemente
instalado no Conjunto Penal Feminino.