divulgação (Foto: Divulgação/ MP-BA)
Ex-
chefe do MP da Bahia passou informações sigilosas à família dos investigados
pela operação Faroeste
Relatório da PF diz que
Ediene Lousado trocou mensagens com a irmã da desembargadora acusada de venda
de sentenças
Relatório
da Polícia Federal (PF) aponta que a ex-chefe do Ministério Público da Bahia,
Ediene Lousado, compartilhou informações sigilosas com mãe e tia de dois
investigados na operação Faroeste que apura o esquema de venda de sentenças
envolvendo terras de grilagem.
De
acordo com o portal G1, as investigações da PF identificaram trocas de
mensagens entre Ediene Lousado e a procuradora de Justiça Sara Rusciolelli que
é irmã da desembargadora investigada Sandra Inês Rusciolelli, presa em março de
2020.
A
desembargora e o filho, bacharel de direito, Vasco Rusciolleli, foram presos
por suspeita de venda de decisões judiciais. A PF identificou o pagamento
de R$ 250 mil a Vasco Rusciolelli para que mãe dele desse uma decisão favorável
a uma empresa. Em outubro do ano passado, quatro meses depois de terem a
delação premiada homologada, a prisão domiciliar foi revogada, mas o uso da
tornozeleira eletrônica foi mantido.
Os
aparelhos celulares com as mensagens foram apreendidos em um apartamento
vinculado à ex-chefe do MP-BA, em Brasília. Os mandados foram cumpridos pela
Polícia Federal em dezembro de 2020, e fazem parte da 6ª e 7ª fases da Operação
Faroeste.
A
promotora Ediene Lousado foi afastada do cargo de promotora de Justiça em
dezembro de 2020.