divulgação (Foto: Marina Silva / CORREIO))
STF autoriza que Ufba cobre passaporte da vacina para estudantes
MEC tinha proibido
exigência para aulas presenciais
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria
para derrubar a diretriz do Ministério da Educação (MEC) que proibiu a
exigência do comprovante de vacinação contra a covid-19 em universidades e
instituições de ensino federais.
Universidades federais de todo o Brasil, como a
Ufba, tinham sinalizado interesse em adotar a prática para o retorno às aulas
presenciais.
O julgamento está sendo travado no plenário
virtual, plataforma que permite aos ministros incluírem os votos no sistema
online sem necessidade de reunião presencial ou por videoconferência. Até o
momento, há sete votos para anular o ato normativo. Os ministros que ainda não
se manifestaram têm até o final desta sexta-feira, 18, para opinar.
Em seu voto, o ministro Ricardo Lewandowski,
relator do processo, disse que a ordem do MEC ‘contraria as evidências
científicas’, ao ‘desestimular a vacinação’, e viola a autonomia universitária.
"O Supremo Tribunal Federal tem, ao longo de
sua história, agido em favor da plena concretização do direito à saúde e à
educação, além de assegurar a autonomia universitária, não se afigurando
possível transigir um milímetro sequer no tocante à defesa de tais preceitos
fundamentais, sob pena de incorrer-se em inaceitável retrocesso
civilizatório", escreveu.
A conclusão do STF é que as universidades têm
legitimidade para exigir o passaporte da vacina na volta às aulas presenciais.
Além de Lewandowski, votaram Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Cármen
Lúcia, Rosa Weber, Edson Fachin e Gilmar Mendes
O caso foi levado ao STF por três partidos de
oposição - Rede, PDT e PT.