divulgação (Foto: Agência Brasil)
MPF, OAB e DPU
pedem informações a secretário do INSS sobre paralisação de peritos
O Ministério Público Federal (MPF), através da
Câmara de Direitos Sociais e Fiscalização de Atos Administrativos em Geral,
pediu explicações do secretáro da Previdência, Leonardo José Rolim Guimarães,
sobre as medidas que serão adotadas para manter as perícias médicas. A
Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP) realizará na
terça-feira (8) e quarta (9) uma paralisação dos médicos peritos.
O
pedido foi feito em parceria com o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) e a Defensoria Pública da União (DPU). Os autores querem saber
quais serão as medidas judiciais e extrajudiciais que serão adotadas pela
Secretaria e pela Advocacia-Geral da União (AGU) para a manutenção do
quantitativo mínimo de peritos médicos necessários ao atendimento dos
beneficiários nesses dois dias de paralisação.
O documento também pede informações sobre a quantidade de
perícias diárias agendadas e a expectativa de prejuízo de atendimento, bem como
o número de perícias desmarcadas ou reagendadas em razão da paralisação
ocorrida em 31 de janeiro deste ano. Os órgãos entendem que houve prejuízo aos
requerentes de benefícios previdenciários e assistenciais em todo o país, pois
estes não foram atendidos para fazer as perícias já agendadas para aquela data.
De acordo com o documento, em 31 de janeiro, houve violação ao
princípio da continuidade do serviço público, diante da essencialidade das
atribuições exercidas pelos peritos médicos federais, bem como do noticiado
pela ANMP de que a adesão foi “de cerca de 90% dos servidores”. Outro
questionamento das instituições é sobre o tempo médio de espera, por
superintendência regional, para a realização das perícias no âmbito
administrativo, independentemente de paralisações.