divulgação (Foto: Reprodução)
Três meses após denúncia de assédio sexual, líder espiritual segue
atuando na Bahia
Ativista dos direitos femininos cobra resultados nas investigações
contra Kléber Aran
Três
meses depois de o Ministério Público do Estado cumprir
mandados de busca e apreensão na casa do médium Kléber Aran Ferreira da Silva,
47 anos, ele continua solto. O MP investiga denúncias
contra o médium dos crimes de violação sexual mediante fraude, lesão corporal e
assédio sexual contra várias mulheres.
“Não
podemos aceitar que este tipo de ocorrência se naturalize e seja relegada ao
segundo plano das burocratizações jurídicas. Estes falsos religiosos vitimam
frequente e recorrentemente, representando um padrão que ameaça a sociedade”,
escreveu a ativista Tatiana Badaró em uma postagem em suas redes sociais,
cobrando resultado das investigações. Segundo Tatiana, Kléber Aran continua
atuando nos estados da Bahia, Sergipe e São Paulo.
De
acordo com informações do MP, as vítimas relataram que o suspeito dizia
incorporar o espírito de “Dr. Fritz” e exercia forte influência sobre as
mulheres no seu centro religioso. Para elas, ele oferecia um “dedicado trabalho
sob a sua orientação”, as levando para rituais supostamente religiosos. Neles,
elas sofriam violações e assédios sexuais e, após os atos, ele ameaçava a
integridade física e mental das vítimas para que ficassem em silêncio.
Algumas
mulheres, porém, o denunciaram por meio da Ouvidoria das Mulheres. A partir dos
relatos, foi instaurada uma investigação.