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Justiça obriga prefeitura de Vitória da Conquista a não cobrar IPTU e
ITR de terreiros de Candomblé e Umbanda
Segundo o vereador Alexandre Xandó
(PT), "essa é uma vitória histórica do povo de santo da cidade"
Em decisão histórica, o
município de Vitória da Conquista foi obrigado a suspender as cobranças de IPTU
e ITR dos terreiros de religiões de matriz africana. A decisão judicial liminar
foi conquistada pela Rede Beneficente, Cultural, Educacional e Religiosa Caminhos
dos Búzios, em parceria com a mandato do vereador Alexandre Xandó (PT).
Na decisão que saiu na tarde desta quinta-feira (20), vésperas
do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, o juiz da 2ª Vara da
Fazenda Pública entendeu também que "a imunidade tributária é garantida a
todos os templos religiosos, abrangendo todo o imóvel utilizado para os cultos
de qualquer religião (.) e, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, proceda a
chamada pública dos representantes destes terreiros para que procedam o devido
cadastro dos imóveis destinados aos cultos."
Segundo o vereador Alexandre Xandó (PT), "essa é uma
vitória histórica do povo de santo da cidade, pois é uma grande injustiça que a
prefeitura de Vitória da Conquista garanta a imunidade tributária de outros
templos religiosos, mas continue cobrando impostos de religiões
afro-brasileiras. É uma vitória contra o racismo religioso e
institucional".
A equipe jurídica do mandato de Xandó, e que assessora a Rede
nesta ação, composta pelos advogados Vamberg Barros, Guilherme Ribeiro e José
Nilton Neves, informou que a liminar corrige uma injustiça histórica, e que
ainda seguirá em discussão no processo o pedido de devolução de eventuais
impostos pagos nos últimos anos e a indenização no valor de R$500.000,00
(quinhentos mil reais) por danos morais coletivos, a ser revertida ao Conselho
Municipal de Promoção de Igualdade Racial.