divulgação (Foto: Montagem BNews)
Barreiras:
MPF aciona a Justiça para prefeito e ex-prefeito devolverem R$ 700 mil aos
cofres públicos
Em ação do MPF na
justiça, prefeito e ex são acusados de improbidade administrativa por
ilegalidade em licitação
O
Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública na Justiça
contra o atual prefeito de Barreiras, no oeste da Bahia, Zito Barbosa
(DEM), e o ex-prefeito
Antônio Henrique Moreira (Progressistas), por improbidade. Caso
sejam condenados, ambos terão que devolver aos cofres públicos o valor de R$
708.196,84.
Para o MPF, os gestores cometeram diversas irregularidades na
contratação e utilização de dinheiro público federal, descobertas em uma
investigação da Controladoria Geral da União (CGU). Os dois órgãos apontam que
houve subcontratação ilícita, superfaturamento e direcionamento de licitação
para beneficiar empresas ganhadoras em contrato cujo valor inicial foi de R$
4,8 milhões.
Ainda segundo o MPF, os crimes começaram no governo de Antônio
Henrique de Souza Moreira, que teria autorizado e homologado licitação com
inúmeras ilegalidades para beneficiar empresas específicas sem capacidade
operacional, e o esquema foi mantido no governo posterior, de Zito Barbosa,
que, na concepção do Ministério Público Federal, foi negligente e “fabricou uma
situação de emergência” para manter as empresas na administração, sem fazer
nova licitação.
Por meio de nota, a Prefeitura de Barreiras afirmou que “a
municipalidade não foi formalmente notificada pela justiça, nem instada a se
posicionar sobre a representação”.
Confira na íntegra:
Nota da Prefeitura de Barreiras sobre representação do
Ministério Público Federal envolvendo o atual e ex-prefeito do Município
A Prefeitura de Barreiras tomou conhecimento pela imprensa,
nesta terça-feira (28), de uma representação promovida pelo Ministério Público
Federal – MPF por suposto ato de improbidade administrativa, que envolveria o
atual prefeito Zito Barbosa e o ex-prefeito senhor Antônio Henrique de Souza
Moreira. De acordo com a Procuradoria Geral do Município, a municipalidade não
foi formalmente notificada pela justiça, nem instada a se posicionar sobre a
representação.
A Procuradoria Geral do Município esclarece que o prefeito Zito
Barbosa iniciou sua primeira gestão no município em primeiro de janeiro de
2017, sob a égide do Decreto de Emergência nº 414/2016, de 16 de setembro de
2016, reconhecido e homologado pelo Governo do Estado da Bahia, através do Decreto
Estadual nº 17.155, de 21 de outubro de 2016. Em momento algum sua gestão
“fabricou uma situação emergencial" para manter qualquer contrato, uma vez
que a situação de emergência já estava estabelecida e validada pelo Governo do
Estado, razão pela qual inclusive não foi possível a realização do carnaval
naquele ano.
Esclarece ainda que os contratos mantidos pela municipalidade no
início da primeira gestão do prefeito Zito Barbosa, tiveram o objetivo de
cumprir os ditames do Decreto de Emergência há época em vigor. Desta forma, tão
logo o Município de Barreiras seja notificado da representação irá se
manifestar na forma da lei.