divulgação (Foto: Reprodução)
PGR permite a anulação de ações contra Temer e Serra sem julgamento do
STF
Ministros não submeteram processos ao plenário, e Procuradoria tampouco
recorreu das decisões na corte
A PGR (Procuradoria-Geral da República)
deixou de apresentar recursos diante de decisões monocráticos do do STF
(Supremo Tribunal Federal) e permitiu que investigações contra o ex-presidente
Michel Temer (MDB), o ex-ministro Moreira Franco (MDB) e o senador licenciado
José Serra (PSDB-SP) fossem anuladas. Os processos foram arquivados sem que
houvesse julgamento do colegiado .
A
PGR deixou de apresentar recurso contra ordens monocráticas de Alexandre de
Moraes e Gilmar Mendes de anular decisões de primeira instância que tornavam
réus os três políticos.
Os
ministros, por sua vez, também não submeteram a análise das ações ao plenário
ou às turmas. Questionada pela Folha de São Paulo, a PGR não respondeu às
perguntas da reportagem sobre a atuação nos dois processos.
No
caso de Moraes, a Procuradoria não recorreu da decisão dele de abril de retirar
a apuração contra os dois emedebistas das mãos do juiz Marcelo Bretas,
responsável pela Lava Jato do Rio de Janeiro, e remetê-la à Justiça Federal do
Distrito Federal.
O
processo transitou em julgado em julho, pouco mais de três meses depois.
Já
com Gilmar, a decisão em favor de Serra foi ainda mais ampla, uma vez que houve
o arquivamento definitivo da investigação em vez de apenas mudá-la de foro
competente, e o encerramento da ação perante o STF sem análise colegiada foi
ainda mais rápido.
Em
25 de agosto, o ministro anulou a abertura de uma ação penal e todas as medidas
que haviam sido autorizadas contra o político para apurar a denúncia do
Ministério Público Federal de que Serra teria lavado dinheiro recebido da Odebrecht
em 2014 via propina.