
divulgação (Foto: Reprodução)
Justiça
tem 20 dias para decidir se médico que matou colega de profissão vai a Júri
Geraldo Júnior (esq) passou pela primeira audiência de instrução seis
meses após matar Andrade (dir)
Seis
meses após o cirme, o médico
Geraldo Freitas Junior, 32 anos, investigado por matar o colega Andrade Lopes
Santana, 32, passou pela primeira audiência de instrução.
Ele foi ouvido pela juíza e voltou a afimrar que atirou acidentalmente na
vítima.
A
Justiça agora tem 20 dias para decidir se Geraldo Júnior vai a júri popular.
Essa etapa do processo acontece antes de eventuais julgamentos. Dez testemunhas
de acusação e de defesa foram ouvidas na audiência que durou 10 horas e acabou
por volta das 20h, segundo a TV Bahia.
A
juíza responsável pelo caso aguarda agora as alegações do Ministério Público e
da defesa do acusado para decidir sobre o júri.
Andrade
tinha ido a Feira de Santana resolver problemas pessoais e depois aceitou um
convite para passear de moto aquática com Geraldo Júnior. No dia da prisão,
Geraldo ficou em silêncio, mas seis dias depois pediu para prestar um novo
depoimento, quando confessou o crime.
Na
época, o delegado informou que o assassino confesso apontou como motivo do
crime um sonho profético que um parente dele teve informando que ele seria
morto naquele dia. Conforme relato de Geraldo Júnior, a desconfiança de que o
amigo Andrade poderia matá-lo surgiu quando Júnior viu uma troca de mensagens,
no celular de Andrade, com um desafeto dele.
“Ele
(Geraldo) mandou Andrade dirigir a moto aquática e exigiu que o amigo
entregasse o celular. Como Andrade não entregou, ele colocou a arma na cabeça
da vítima ameaçando e depois fez o disparo”, relatou o delegado à época.
O
corpo de Andrade foi encontrado amarrado a uma corda com uma âncora no Rio
Jacuípe. Sobre essa situação, 'Doutor Júnior' relatou ao delegado que, após
atirar em Andrade e ele cair na água, tentou dar socorro amarrando o amigo numa
corda e puxá-lo com a moto aquática, mas o corpo teria se soltado e acabou
afundando.
No dia 09 de junho, o advogado Guga Leal tentou explicar melhor
qual seria o teor do depoimento do seu cliente. O
defensor afirmou que o tiro foi acidental depois de um
desentendimento entre eles por causa das mensagens no celular da vítima com um
desafeto de Geraldo.
Conforme
Guga Leal, na conversa, havia perguntas do desafeto de Geraldo sobre onde ele
andava, sobre os momentos que ficava desarmado.
“Eles foram andar de Jet Ski e Geraldo ameaçou a vítima com a
arma em punho para entregar o celular. Quando Andrade tirou a mão do
acelerador, o Jet Ski deu uma espécie de tombo e a arma disparou
acidentalmente”, relatou o advogado na ocasião.