divulgação (Foto: Bahia Notícias / Maurício Leiro)
Novo presidente
do TJ-BA quer clima de harmonia e recuperação de credibilidade
Após ser eleito presidente do Tribunal de
Justiça da Bahia (TJ-BA) (relembre), o desembargador
Nilson Castelo Branco visitou a sede da Associação dos Magistrados da Bahia
(AMAB), na tarde desta quiarta-feira (17). Na ocasião, ele falou das
expectativas à frente do órgão e da necessidade do TJBA reconquistar a
confiança da população após a operação Faroeste.
Depois do clima de tensão para a eleição da
mesa diretora do órgão, e de um processo de campanha marcado por desistências e
tentativas de impugnação dos candidatos (relembre), o presidente
eleito disse que agora, o momento tem que ser de harmonia. “O processo
democrático é ardoroso, penoso, mas é salutar. Mas chega um momento de exaustão
quando a eleição é consumada. Agora, na nossa chapa tem o
desembargador Jatahy Fonseca, que não recebeu nosso apoio, mas nem por isso
deixou de ser convidado. Vamos trabalhar harmonicamente”, disse.
Castelo Branco pontuou ainda a necessidade do
TJ-BA dar à sociedade um exemplo de respeito ao processo democrático e a
boa convivência. “É preciso que a sociedade compreenda, e o próprio
Tribunal compreenda, que temos a função de dirimir as controvérsias, restaurar
aos cidadãos e a sociedade a paz social. Não é possível que um Tribunal fique
atormentado com turbulências e com um clima tempestuoso senão, não somos nós o
exemplo”, pontuou.
FAROESTE
Lembrando que a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LOMAN) o impede de
fazer uma avaliação aprofundada sobre os processos da operação Faroeste (veja aqui), o desembargador
reconheceu que a credibilidade do TJBA frente à sociedade foi afetada pela
operação.
Essa é uma das demandas que Castelo Branco
pretende sanar em sua gestão. “Houve um abalo na credibilidade do poder
judiciário. Nossa meta é reestabelecer a confiança do cidadão na
dignidade do poder judiciário. A maioria dos magistrados são honrados, dignos
e capacitados. Nossa função agora é reestabelecer credibilidade
dialogando com Brasília. Não poderemos transformar o TJBA, por força da
Faroeste, em uma Coreia do Norte entre os tribunais. Todos os integrantes
da mesa vão dialogar com Brasília, com os poderes instituídos, executivo,
legislativo, e vários segmentos da sociedade civil [em busca dessa
reconquista]”, disse.