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"Não se achou absolutamente nada", diz defesa de Bolsonaro
em julgamento no STF
A Primeira Turma do STF julga denúncia da PGR, que acusa
Bolsonaro e outras sete pessoas de tentativa de golpe de Estado
O advogado Celso Vilardi, que representa Jair Bolsonaro,
defendeu o ex-presidente na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), e
alegou que a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro
se baseia apenas na delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e não apresenta
provas de sua conexão com os atos de 8 de janeiro.
Vilardi afirmou que não há elementos que provem a participação
de Bolsonaro na tentativa de golpe e criticou a denúncia, ao pontuar que o
ex-presidente não foi acusado pela Polícia Federal, mas apenas pela PGR.
"O (ex) presidente Bolsonaro é o presidente mais investigado da história
do país. Não se achou absolutamente nada. Estamos tratando de uma execução que
se iniciou em dezembro tratando do crime do governo legitimamente eleito. Qual
era o governo legitimamente eleito, era o dele? Então, esse crime é impossível,
com todo o respeito, falar-se em execução de crime contra o governo
legitimamente eleito, que era o dele", afirmou
A Primeira Turma do STF iniciou o julgamento da denúncia da PGR,
que acusa Bolsonaro e outras sete pessoas de tentativa de golpe de Estado. O
procurador-geral da República, Paulo Gonet, reforçou a acusação, a alegar que
Bolsonaro e outros envolvidos tiveram papéis de protagonismo na trama
golpista.
A denúncia foi dividida em cinco núcleos, e a Primeira Turma
analisa agora o chamado "núcleo crucial", que inclui Bolsonaro,
ex-ministros e outros ex-integrantes do governo. O julgamento terá três
sessões, e caso a maioria decida aceitar a denúncia, o ex-presidente e outros
acusados se tornarão réus.