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Auditoria do TCU revela fraudes em benefício que custam R$ 5 bi
por ano
Caso deve ser analisado pelo plenário da Corte nesta quarta-feira
(26); entre as falhas estão o pagamento do benefício a 2.476 mil falecidos
Auditoria do Tribunal de Contas da União
(TCU) identificou que o Benefício de Prestação Continuada (BPC) tem sido pago a
pessoas que não atendem aos critérios estabelecidos pelo programa. As supostas
fraudes somam R$ 5 bilhões ao ano.
De acordo com os técnicos do
TCU, as principais causas para o pagamento a pessoas que não atendem aos
critérios do BPC estão complexidades nos controles da composição familiar
(principalmente quanto à renda informal, omissão de parentes e flutuações naturais
da realidade socioeconômica), atrasos na correção de irregularidades, além de
limitações quanto à qualidade e defasagem temporal dos dados disponíveis, bem
como às dificuldades no acesso a determinados bancos de dados.
O
documento revela que foram identificados 6,7 mil casos de acumulação indevida
de benefícios, com um impacto financeiro anual estimado em R$ 113,5 milhões.
Foi verificado também o pagamento do BPC a 2.476 mil beneficiários
possivelmente falecidos, além de outras inconsistências nos registros de
titulares do benefício e respectivos familiares. A auditoria destaca que
“essas situações podem levar a pagamentos indevidos e comprometem a capacidade
do sistema de avaliar, com precisão, a elegibilidade dos beneficiários”.