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André Mendonça leva recurso de Collor para análise do plenário
presencial do STF
Agora, o julgamento será reiniciado no plenário da corte, o que
pode possibilitar a mudança de votos
Após o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria contra a
redução da pena do ex-presidente Fernando Collor, o ministro André Mendonça
destacou a controvérsia no julgamento virtual e decidiu levar o caso para
análise do plenário físico.
O placar estava 6 a 2, com ministros como Luiz Fux, Luís Roberto
Barroso, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Flávio Dino acompanhando o relator
Alexandre de Moraes, favoráveis à manutenção da pena de 8 anos e 10 meses,
enquanto Gilmar Mendes e Dias Toffoli se posicionaram pela redução para quatro
anos. Cristiano Zanin, advogado de Collor, se declarou impedido de votar.
Agora, o julgamento será reiniciado no plenário da corte, o que
pode possibilitar a mudança de votos. A votação virtual estava prevista para
terminar na segunda-feira, mas, com a decisão de Mendonça, a análise foi
transferida para a sessão presencial.
O STF está analisando embargos de declaração, um recurso
apresentado pela defesa de Collor que questiona contradições e supostas
obscuridades na condenação, como a prescrição do crime de corrupção passiva.
A condenação de Collor e outros dois réus foi imposta pelo STF
em maio do ano passado, e, em setembro, após a publicação do acórdão, foi
apresentado o recurso. A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou
pela rejeição dos embargos. Alexandre de Moraes afirmou que a defesa de Collor
busca apenas rediscutir pontos já decididos no julgamento, sem apresentar
fundamentos novos.
Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
em um esquema investigado pela Operação Lava-Jato envolvendo a BR
Distribuidora. Além de Collor, outros dois réus, Pedro Paulo Bergamaschi de
Leoni Ramos e Luis Amorim, também foram condenados.
Mesmo que a pena seja mantida, Collor ainda poderá recorrer
antes que a execução da pena seja determinada, após a análise de embargos
adicionais.