divulgação (Foto: TJ-BA)
Operação Faroeste: STJ torna ré desembargadora da Bahia suspeita
de lavagem de dinheiro
Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevedo e o filho, o advogado
Vasco Rusciolelli Azevedo, vão responder a processo por corrupção passiva,
organização criminosa e lavagem de dinheiro
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu,
por unanimidade, na quarta-feira (6), a denúncia apresentada pelo Ministério
Público Federal (MPF) contra a desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli
Azevedo, do Tribunal de Justiça da Bahia.
Sandra Inês é acusada de participação no esquema de venda de
decisões judiciais, alvo das investigações da Operação Faroeste. A
desembargadora vai responder a um processo por corrupção passiva, organização
criminosa e lavagem de dinheiro. Outras quatro pessoas, que também foram
denunciadas, vão responder à mesma ação. O advogado Vasco Rusciolelli Azevedo,
filho da magistrada, é um dos réus.
Os ministros decidiram afastar a desembargadora das funções até
o julgamento do processo, o que não tem prazo para ocorrer. O recebimento da
denúncia deflagra a ação penal, mas a análise das acusações, para decidir se há
elementos para a condenação, só ocorre após a fase de instrução processual, que
abrange o depoimento de testemunhas e dos réus e eventualmente a complementação
do acervo de provas.
Sandra Inês já estava afastada das funções. A desembargadora
chegou a ser presa preventivamente na investigação depois que a
Polícia Federal flagrou a entrega de R$ 250 mil no apartamento dela.