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Ministro
Dias Toffoli nega pedido da defesa de Eduardo Cunha para anular condenações na
Lava Jato
Defesa do ex-deputado
apontou conluio de Sérgio Moro e procuradores, e pediu extensão de decisão do
caso envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF),
rejeitou nesta quarta-feira (6) uma solicitação da defesa do ex-deputado
Eduardo Cunha para anular suas condenações na operação Lava Jato.
A defesa havia solicitado que o STF aplicasse a Cunha a decisão
que declarou o ex-juiz e senador Sergio Moro como suspeito para atuar nos
processos envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que
resultou na anulação de todos os atos processuais nesses casos.
Os advogados apontaram
que há indícios de um conluio entre Moro e os procuradores que atuaram na Lava
Jato, segundo mensagens que foram vazadas por hackers e apreendidas na Operação
Spoofing da Polícia Federal (PF). Na decisão, Toffoli entendeu
que não há conexões entre os casos de Cunha e Lula que justifiquem
uma intervenção do Supremo. Segundo o ministro, o pedido da defesa pode ser
analisado por outras instâncias da Justiça.
"Conforme se vê dos
trechos acima transcritos, que o pleito ora em análise é formulado a partir dos
diálogos transcritos na inicial entre o ex-magistrado e membros do Ministério
Público no intuito de demonstrar conluio direto em relação ao requerente,
residindo a causa da querela em situação extremamente subjetiva, estranha à do
precedente invocado, na medida em que os diálogos diretos reproduzidos na
inicial dizem respeito apenas ao momento em que seria apresentada a denúncia",
escreveu o ministro.