Divulgação (Foto: Gustavo Moreno/STF)
Barroso
nega pedido para afastar Moraes de investigação sobre vazamento de mensagens
Para presidente
do STF não foram apresentadas de forma clara e objetiva situações que
caracterizem o impedimento
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís
Roberto Barroso, negou pedido para afastar o ministro Alexandre de Moraes da
relatoria do inquérito que apura o vazamento de conversas entre Eduardo
Tagliaferro, ex-assessor da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e
servidores do gabinete de Moraes.
O pedido de afastamento
de Moraes havia sido solicitado pela defesa de Tagliaferro, que ficou no cargo
até maio de 2023, quando foi exonerado pelo então presidente do TSE. A defesa
de Tagliaferro alegava que Moraes não poderia ser o relator, pois teria
interesse direto na resolução do caso. Também sustentava que o inquérito não
poderia ser instaurado e conduzido pela mesma autoridade que julgará eventual
ação penal.
Na decisão, Barroso
afirma que, de acordo com o entendimento do STF, para declarar o impedimento de
um julgador, a parte deve demonstrar, de forma objetiva e específica, as causas
previstas no Código de Processo Penal (CPP) e no Regimento Interno do STF. O
presidente do STF considerou que os fatos narrados pela defesa não caracterizam,
minimamente, as situações legais que impossibilitariam a atuação do relator.
Segundo Barroso, não houve clara demonstração de nenhuma das causas
justificadoras de impedimento previstas de forma taxativa na legislação.