
Divulgação (Foto: reprodução)
CNJ pede explicações a juíza sobre caso de adolescente estuprada
impedida de realizar aborto legal em Goiás
Pai de adolescente estuprada pediu adiamento de aborto legal,
suspeito do estupro é amigo do pai da vítima
Uma juíza e uma desembargadora do Tribunal de Justiça de Goiás
precisam prestar informações em até cinco dias sobre o caso de uma adolescente
de 13 anos, grávida após um estupro, impedida de realizar um aborto legal. As
informações são do blog da Andréia Sadi e o caso foi revelado pelo
Intercept.
A determinação é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e o
Corregedor Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão declarou que "é
inequívoca a urgência e a gravidade do caso, em tese, razão pela qual determino
a intimação da juíza Maria do Socorro de Sousa Afonso e Silva, titular do 1º
Juizado da Infância e da Juventude de Goiânia, e a Desembargadora Doraci Lamar
Rosa da Silva Andrade, do Tribunal de Justiça de Goiás, para que, no prazo de
05 (cinco) dias, prestem as informações que entenderem pertinentes".
A vítima foi estuprada por um amigo do pai. Na 18ª semana de
gestação, tentou interromper a gravidez de maneira legal - já que é um caso
previsto em lei. Segundo o portal Intercept, o próprio pai da vítima pediu na
Justiça que a interrupção fosse adiada para que o feto tivesse chance de
sobreviver. O genitor é apoiado por um grupo antiaborto e por religiosos.
O aborto legal é um procedimento de interrupção de gestação
autorizado pela legislação brasileira, e deve ser oferecido gratuitamente pelo
Sistema Único de Saúde (SUS). É permitido nos casos em que a gravidez é
decorrente de estupro, quando há risco à vida da gestante ou quando há um
diagnóstico de anencefalia do feto.