Divulgação (Foto: reprodução)
CNJ e OAB apuram conduta de advogado que deu voz de prisão à
juíza durante audiência trabalhista
Vídeo de advogado interrompendo cliente em audiência viraliza
nas redes sociais e Ministério Público Federal é intimado a deliberar sobre
caso
O advogado Rafael Dellova acompanhava uma cliente em processo
trabalhista, na 4ª vara do Trabalho de Diadema–SP. Durante o depoimento, ele
interrompeu a cliente. Nesse momento, a juíza Alessandra de Cássia Fonseca
Tourinho determinou que a audiência seguisse, orientando a cliente do advogado
para que continuasse respondendo os questionamentos.
Após o advogado insistir que faria novas interrupções se a
orientação da magistrada seguisse da mesma maneira, a juíza determinou o
adiamento da audiência. Foi quando o advogado deu voz de prisão à juíza. Um
vídeo foi publicado nas redes sociais, e o caso ganhou repercussão.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) se posicionaram sobre o caso, ambos abriram procedimentos para
apurar a conduta do profissional. Segundo a CNN Brasil, o CNJ informou
que instaurou um pedido de providências, por determinação do Ministro Luis
Felipe Salomão, requerendo à Corregedoria Nacional de Justiça que tome
providências sobre o ocorrido.
A OAB/SP também foi oficiada para tomar as “providências
cabíveis em relação aos fatos praticados pelo advogado Rafael Dellova”. O
Ministério Público Federal (MPF) foi intimado para deliberar sobre o assunto. E
a Comissão de Mulheres Advogadas (OAB/SP) e OAB Conselho Federal também foram
notificadas para que “à luz dos casos recorrentes envolvendo possível violência
de gênero, encaminhe sugestões de políticas voltadas ao tema, visando a
construção de medidas voltadas à garantia do direito das mulheres e contenção
da violência de gênero envolvendo membros da advocacia e do Poder Judiciário”.