Divulgação (Foto: Rovena Rosa /Agência Brasil)
Moraes se despede do TSE e destaca combate da Justiça Eleitoral
a desinformação no Brasil
A partir da próxima semana, o ministro passa a atuar somente no
STF; segundo ele, o Brasil pode combater o “populismo digital extremista”
O ministro Alexandre de Moraes fez o seu último discurso como
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quarta-feira (29), e
afirmou que o Brasil pode combater o “populismo digital extremista”. Uma sessão
extraordinária foi convocada para marcar a despedida do ministro, que a partir
da próxima semana volta a atuar apenas no Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante o discurso, Moraes destacou os esforços da Justiça
Eleitoral no combate à desinformação. O ministro afirmou que a disseminação de
desinformação tem levado à eleição de populistas contrários à democracia ao
redor do mundo, e no Brasil isso não aconteceu pela atuação da Justiça
Eleitoral em 2022.
"No Brasil o poder Judiciário, esse TSE, apoiado por 27
tribunais regionais eleitorais, por todos os juízes eleitorais, membros do
Ministério Público Eleitoral, apoiado pela Ordem dos Advogados do Brasil, nós
mostramos que é possível uma reação a esse novo populismo digital extremista
que pretende solapar as bases da democracia. O Brasil saiu vencedor, a
população brasileira saiu vencedora. A população brasileira acreditou nas urnas
eletrônicas", afirmou Moraes.
Segundo o ministro, o tribunal está na
"vanguarda" do combate às fake news. Além disso, ele defendeu as
resoluções e medidas adotadas pelo TSE para combater a proliferação de desinformação
e disse que diferentes instituições internacionais reconheceram esse papel de
vanguarda do tribunal, como a Organização dos Estados Americanos e a
Universidade Complutense de Madri.
"As resoluções do TSE trazem o que há de mais moderno no
combate a fake news, às notícias fraudulentas, à desinformação (...) Avançamos
para demonstrar que essa lavagem cerebral que é feita por algorítimos não
transparentes, eu diria em alguns casos viciados, para determinadas bolhas,
isso será e continuará a ser combatido aqui na Justiça Eleitoral. Que a Justiça
Eleitoral seja um exemplo do que há de mais moderno no combate a
desinformação", completa o ministro.