Divulgação (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Barroso pede para governo de São Paulo esclarecer função
"liga e desliga" das câmeras corporais dos policiais
Tarcísio também precisa justificar a necessidade de gravações
ininterruptas e a redução dos prazos de armazenamento das imagens
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), deu o prazo de 72 horas para o governo de São Paulo esclarecer a
função "liga e desliga" das câmeras corporais utilizadas pelos
policiais. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) precisa informar se
o edital está alinhado as diretrizes do Ministério da Justiça e Segurança
Pública.
Tarcísio também precisa justificar a necessidade de gravações
ininterruptas e a redução dos prazos de armazenamento das imagens. A decisão de
Barroso atende ao pedido da Defensoria Pública de São Paulo. O ministro do
Supremo quer ouvir o posicionamento do Estado antes de uma decisão definitiva.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Ministério Público
de São Paulo (MP-SP) também foram intimados a se manifestarem dentro do mesmo
prazo de 72 horas. Barroso enfatizou a importância da participação do MP-SP no
processo, destacando a relevância do tema em discussão.
Na última terça-feira (28), o Ministério da Justiça e Segurança
Pública anunciou uma nova portaria orientando o uso de câmeras corporais
(bodycams) por órgãos de segurança pública em todo o país. A previsão é da
portaria ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias e tem o
objetivo de padronizar o uso desses equipamentos, aumentando a transparência
das ações policiais.