Divulgação (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)
Dino decide manter desembargadores da Lava Jato afastados de
seus cargos
Ministro afirmou que não há ilegalidade na decisão cautelar do
CNJ
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino negou,
nesta quarta-feira (20), um pedido de liminar dos desembargadores Loraci Flores
de Lima e Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz - ambos atuaram na operação Lava
Jato - em que pediam que fosse revogado seus afastamentos determinados pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em decisão, Dino alegou que não há ilegalidade na decisão
cautelar do Conselho. "Ainda neste ponto, atesto que o afastamento
cautelar está ligado a fatos recentes e relacionados diretamente à conduta
funcional dos impetrantes", disse o ministro. Dino negou o pedido e diz
entender "que é prudente" manter o afastamento deles "até a
conclusão, pelo colegiado do CNJ, da deliberação acerca da abertura do processo
administrativo disciplinar".
Ambos os desembargadores foram afastados de suas funções no
TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) no dia 16 de abril deste ano,
após uma reclamação disciplinar oficializada em setembro de 2023 pelo
corregedor do CNJ, Luis Felipe Salomão. O jurista tem realizado uma correição
em todos os gabinetes e juízes ligados à Operação Lava Jato, tanto na
primeira instância, na 13ª Vara de Curitiba, quanto na segunda instância, na 8ª
Turma do TRF-4.
Flores de Lima e Lenz, além de um juiz convocado, Danilo Pereira
Júnior, afirmaram que o juiz, Eduardo
Appio era suspeito para atuar na Lava Jato e anularam todas
as decisões dele em processos ligados à operação.