Divulgação (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)
Professor preso por roubo e sequestro é solto pela Justiça após
escola comprovar que ele trabalhava na hora do crime
Clayton foi reconhecido pela vítima em uma fotografia mostrada
no celular de um dos policiais em frente ao portão da casa dela
Clayton Ferreira Gomes dos Santos, professor negro, preso na
última terça-feira (16) por suspeita de sequestro e roubo contra uma idosa de
74 anos em Iguape, município litorâneo do sul de São Paulo, foi solto nesta
quinta-feira (18) após emissão do alvará de soltura emitido pela Justiça.
Na quarta-feira (18), o advogado do professor de educação
física, Danilo Reis, impetrou o habeas corpus, concedido pela Justiça em
caráter liminar após a Escola Estadual Deputado Rubens do Amaral, na Zona
Sul de São Paulo, onde ele trabalha, ter declarado que Cleyton dava aulas
de educação física no mesmo dia e horário da ocorrência.
Conforme uma entrevista
da idosa, vítima do crime, à TV Tribuna, o reconhecimento
facial que utilizado para embasar o pedido de prisão à Clayton sequer foi feito
na delegacia, mas sim no portão da casa dela. A mulher afirmou ainda,
nesta quinta-feira (18), que policiais civis foram até o portão da casa dela
com a foto de um homem no celular.
O alvará de soltura foi expedido nesta tarde. Ao sair,
o professor foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para passar por exame de
corpo de delito antes de voltar para casa para encontrar com a esposa. A
imprensa Clayton afirmou não entender o motivo pelo qual teve a prisão
temporária decretada, já que nunca esteve na cidade de Iguape, que fica a mais
de 200 quilômetros (km) do local onde ele vive.
O professor disse que continuará auxiliando nas investigações e
que, quanto mais rápido resolver a situação, melhor para todos, e que
estava aliviado por estar em casa novamente e lembrou que já passou por
diversas dificuldades na vida, mas jamais imaginou viver algo semelhante ao que
houve nos últimos dias.
Clayton, bastante emocionado, ressaltou que cogita aproveitar os
dois dias de folga que tem direito para “colocar a cabeça no lugar” e, logo
após, retomar as atividades como professor de educação física o mais breve
possível.