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AGU afirma que decisão do STF garante “integridade”
das contas públicas
Valor descrito pelo governo cresceu ao longo de 4 anos. Em 2022, o
impacto estimado era de R$ 46 bilhões
O advogado-geral da União, Jorge Messias, divulgou nota na
quinta-feira (21) comentando a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de
derrubar a chamada “revisão da vida toda” nas aposentadorias, estabelecida pela
própria Corte em dezembro de 2022.
Segundo Messias, a decisão é “paradigmática” para o Estado e
garante a “integridade das contas públicas e o equilíbrio financeiro da
Previdência Social”. A União estimava um impacto bilionário da decisão, no
valor de R$ 480 bilhões, considerando uma média de mais 15 anos para cada
beneficiário que aplicar a correção das aposentadorias e pensões, incluindo
pagamentos retroativos. O valor foi descrito na LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) de 2024, mas sem a descrição dos gastos.
O valor descrito pelo governo cresceu ao longo de 4 anos. Em
2022, o impacto estimado era de R$ 46 bilhões, caso metade dos aposentados
solicitassem o recálculo nos últimos 10 anos. O governo afirmou que R$ 3,6
bilhões seriam gastos em derivados da revisão, R$ 16,4 iriam para os reajustes
e R$ 26,4 bilhões custeariam os pagamentos futuros.
Em 2024, o valor saltou para R$ 360 bilhões, de acordo com uma
nota técnica divulgada pelo INSS. O valor considera que todos os aposentados
desde 1999 se enquadrariam no benefício. Em maio de 2023, a AGU acionou a Corte
para pedir a suspensão de todos os processos em curso sobre o tema em
instâncias superiores. O pedido foi atendido pelo ministro Alexandre de Moraes,
relator da ação.