Divulgação (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Cármen Lúcia pede informações sobre acordos
da Braskem com Maceió
Prazo para o envio das informações é de 30 dias e começa a
contar a partir da notificação dos envolvidos
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia pediu
informações "com urgência e prioridade" para a prefeitura de Maceió e
a Braskem sobre os acordos entre ambas acerca dos danos causados pela mineração
da empresa na capital de Alagoas. O prazo para o envio das informações é de 30
dias e começa a contar a partir da notificação dos envolvidos.
A Procuradoria-Geral de Justiça de Alagoas e as defensorias
públicas de Alagoas e da União, que atuaram no acordo, também deverão se
manifestar.
Cármen Lúcia ainda determinou que a Advocacia-Geral da União
(AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestem após as
autoridades enviarem as informações. O prazo será de 15 dias.
A ação foi protocolada em dezembro pelo governador de Alagoas,
Paulo Dantas (MDB), para questionar os acordos que dão quitação ampla, geral e
irrestrita à empresa pelos danos causados por sua atividade de mineração. Os
termos foram firmados em em 2019, 2020 e 2022.
Dantas alegou que Alagoas vive a "maior tragédia
socioambiental em área urbana do Brasil" devido ao afundamento do solo de
cinco bairros de Maceió causado pela extração de sal-gema pela Braskem. De
acordo com o governador, o afundamento foi identificado pela primeira vez em
março de 2018.