Divulgação (Foto: Reprodução)
Justiça manda afastar procurador da Câmara de Salvador por assédio
O
chefe da Procuradoria Jurídica da Câmara de Salvador teve o afastamento pedido
pela Justiça do Trabalho por cometer atos de assédio moral
A Justiça do Trabalho mandou a Câmara Municipal de Salvador afastar o chefe da Procuradoria Jurídica da
Casa, Marcus Vinícius Leal Gonçalves, investigado por suposto assédio moral. A
decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-5) foi assinada no último dia 4 e ainda não foi cumprida pela
Câmara.
Gonçalves tornou-se alvo de um inquérito no Ministério Público do Trabalho em 2022, depois que pelo menos quatro
advogadas o acusaram de assédio moral. As vítimas apontaram humilhações e
constrangimentos. Gonçalves nega qualquer irregularidade.
Em novembro daquele ano, a juíza do
Trabalho Viviane Christine Martins Ferreira já havia ordenado o afastamento de
Gonçalves do cargo. A Câmara conseguiu reverter a decisão e o chefe da
Procuradoria seguiu no posto. Agora, a decisão do TRT voltou a determinar que
Gonçalves deixe a Câmara.
“Os atos e palavras do superior hierárquico
denotam autoritarismo, perseguições e ameaças; divulgação de críticas
reiteradas e de subestimação de esforços, que atingem a dignidade das
servidoras; sanções administrativas infundadas; imposição deliberada de
servidoras a situação de ostracismo, privando-as de receber atribuições,
tarefas, atividades e informações necessárias ao exercício de suas funções ou
úteis à sua vida funcional; transferências arbitrárias de local de trabalho;
indução a pedido de renúncia de função; dentre outras situações”, escreveu a
relatora, juíza Mirinaide Lima de Santana Carneiro. O julgamento foi unânime.
Procurada, a Câmara Municipal de Salvador
disse que não foi comunicada da decisão judicial de 4 de dezembro, e que não
identificou irregularidades do funcionário.
“O processo administrativo interno foi
encerrado, concluindo a comissão pela inexistência de conduta ilegal (de
assédio moral) do procurador Marcus Vinícius Leal Gonçalves”, disse o órgão.