Divulgação (Foto: Reprodução)
Presos por ataques do 8 de janeiro dependem
de Moraes para fazer exame, concurso e mudar de cidade
Entre outros detidos, a pastora Thereza Sena conseguiu retirada
temporária de tornozeleira eletrônica para tratamento médico
A pastora evangélica Thereza Helena Oliveira Souza Sena
solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a remoção da tornozeleira
eletrônica, alegando a necessidade de tratamento para esclerose múltipla. O
ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, acatou o pedido. Essa decisão
integra uma série de deliberações tomadas por Moraes na véspera do Natal.
Thereza e outros envolvidos nos ataques aos prédios dos Três
Poderes em Brasília também recorreram ao ministro com pedidos que vão de
mudança de endereço a autorização para fazer concurso público. Eles dependem de
decisões de Moraes por estarem em liberdade, mas cumprindo medidas cautelares,
como o uso da tornozeleira.
Segundo o relator escreveu em sua decisão, no caso da pastora, a
solicitação era para retirar o aparelho de monitoramento porque precisava
realizar exames médicos na rede pública de saúde. Moraes concordou com a
retirada da tornozeleira eletrônica em caráter temporário. Após os exames,
Thereza terá que voltar a usar o aparelho.
"Em se tratando de situação relativa à proteção da
integridade física e saúde da requerente, defiro o pedido formulado e autorizo
a retirada temporária do equipamento", escreveu Moraes na decisão,
ressaltando adiante que o despacho "não dispensa a requerente (Thereza
Sena) do cumprimento das demais medidas cautelares a ela impostas".
Quem é Thereza Sena
Thereza
Sena foi presa no dia 9 de janeiro. Ela estava no grupo de 1,2 mil
manifestantes detidos e conduzidos para a Academia Nacional de Polícia, em
Brasília, a pedido do próprio Alexandre de Moraes. Thereza passou mais de 50
dias presa na Colmeia, a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, até ser
posta em liberdade sob o uso de tornozeleira eletrônica.