Divulgação (Foto: Reprodução)
Pela terceira vez, Justiça inglesa rejeita pedido de exclusão da
Vale em ação bilionária do desastre de Mariana
Na apelação, a Vale argumentou que o processo deveria ser
suspenso devido à cláusula de arbitragem contida no acordo de acionistas
relativo à Samarco
A Justiça inglesa negou, pela terceira vez, o pedido da Vale
para sair do processo bilionário de idenização movido por atingidos pelo
rompimento da barragem de Mariana, em 2015. A empresa brasileira responde à
ação junto com a inglesa BHP.
Na apelação, a Vale argumentou que o processo deveria ser
suspenso devido à cláusula de arbitragem contida no acordo de acionistas
relativo à Samarco. Ou seja, a empresa brasileira disse que as mineradoras
poderiam resolver a questão entre si e não nos tribuanis.
O pedido negado foi assinado pelo juiz David Waksman, da Suprema
Corte da Inglaterra. O magistrado considerou que o argumento da Vale constituía
abuso de processo, o que o levou a indeferir o pedido.
Ao todo, a defesa calcula que mais de 720 mil pessoas,
instituições e municípios participam da ação que pede R$ 230 bilhões em
indenização. O caso corre na Justiça inglesa porque a BHP tem sede em Londres.
Na argumentação da BHP, a Vale também precisa responder ao processo que pede
indenização, uma vez que também compartilhava o controle da Samarco.